Robert F. Kennedy Jr. tem chamado atenção não apenas por suas posições políticas, mas também por um detalhe incomum: o cheiro constante no seu carro, que muitos descrevem como perturbador e alegadamente ligado à sua obsessão por animais mortos, especialmente carcaças de estrada.
O cheiro peculiar e a paixão por animais mortos
De acordo com Carole Radziwill, ex-anca do programa “The Real Housewives of New York City” e amiga do próprio Kennedy, o político tinha uma obsessão macabra com carcaças de animais, incluindo estrada e até tiros de caça. Radziwill revelou no podcast “On with Kara Swisher” que, por anos, o carro de Kennedy tinha um odor semelhante a um filme de terror.
“Ele tinha uma coisa estranha sobre animais mortos, sempre”, afirmou Radziwill. “Ele pegava carcaças na estrada, deixava no minivan, e às vezes esquecia. Uma vez, havia um gambá debaixo do assento, e o carro sempre tinha cheiro de morte.”
Reputação e controvérsia
De ambientalista a anti-vacinas
Radziwill, que também foi jornalista da ABC, admitiu que não consegue reconhecer quem Kennedy se tornou nos últimos anos, especialmente após sua guinada ao movimento anti-vacinas e a disseminação de teorias conspiratórias. Ela acredita que o antigo defensor do meio ambiente estaria agora mais interessado em lucros do que na preservação ambiental.
“Parece que ele trocou sua paixão pela ecologia por uma busca por dinheiro através de livros e discursos sobre as empresas farmacêuticas”, comentou Radziwill. “É uma jogada de negócios, uma espécie de ‘grift’.”
Impacto na saúde pública
A mudança de foco de Kennedy também tem implicações sérias, como o ressurgimento do sarampo, uma doença que foi considerada eliminada no Brasil em 2000. Segundo a jornalista, o envolvimento de Kennedy com teorias antivacinas contribuiu para a atual crise de saúde pública, que já infectou milhares e causou mortes.
Radziwill também criticou duramente o que ela vê como uma queda nos padrões de responsabilização de Kennedy, que frequentemente se recusa a admitir erros ou assumir compromisso com as consequências de suas ações.
Relações pessoais e distanciamento
Ela declarou que perdeu contato com Kennedy após a morte de sua esposa, Mary Richardson, em 2012, e que seu afastamento agravou-se à medida que Kennedy abraçou a pauta antivacinas e teorias conspiratórias. Radziwill também compartilhou que conheceu Kennedy e sua esposa bem antes do envolvimento dele com o movimento anti-vacinas, tendo passado anos próximos a eles.
Perspectivas futuras
Radziwill finaliza dizendo que acredita que a figura de Kennedy na política atual será lembrada mais por suas controvérsias do que por sua atuação ambiental. A combinação do cheiro estranho de seu carro com sua transformação pública simboliza, na visão dela, uma mudança de valores que pode prejudicar o legado da família Kennedy.
Este episódio reforça o quanto as ações e o comportamento de figuras públicas podem gerar discussões profundas sobre ética, saúde e responsabilidade social, especialmente em tempos de crise como a atual pandemia.