Brasil, 1 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Mogi das Cruzes apresenta novo sistema viário para enfrentar o crescimento

A cidade de Mogi das Cruzes celebra 465 anos com um novo projeto viário que busca melhorar a mobilidade urbana e enfrentar o crescente aumento de veículos.

A cidade de Mogi das Cruzes, localizada na Grande São Paulo, passou por diversas transformações ao longo de seus 465 anos de história. O ritmo de vida que outrora era lento transformou-se com o crescimento acelerado da população e o aumento da frota de veículos. Para enfrentar os desafios da modernidade, a Prefeitura anunciou um novo sistema viário que promete reestruturar o tráfego, trazendo esperanças de um futuro mais organizado e acessível para seus habitantes.

História e evolução da cidade

A história de Mogi das Cruzes remonta ao período colonial, quando as ruas eram serpenteadas por carroças e pedestres. Com o passar dos anos, especialmente entre as décadas de 1960 e 1970, a cidade começou a se expandir, em grande parte devido ao surgimento de universidades e à construção da rodovia Mogi-Dutra. O arquiteto e urbanista Paulo Pinhal destaca que essa fase marcou a reaproximação da cidade com as principais rotas econômicas do Estado, trazendo novos investimentos e oportunidades.

No entanto, esse crescimento rápido trouxe consigo uma série de desafios. O aumento da população, aliado ao crescente número de veículos, resultou em um sistema viário saturado. Em 2010, a frota de veículos em Mogi das Cruzes era de 162.752, e essa cifra saltou para 297.780 em 2025, um aumento de 82,96% em apenas 15 anos. Com as ruas permanecendo praticamente inalteradas, a cidade começou a enfrentar sérios problemas de mobilidade.

Desafios da mobilidade urbana

Um dos grandes gargalos viários está na rua Ipiranga, a principal rota que conecta diferentes partes da cidade e que carrega mais de 3,8 mil veículos por hora. Essa via, que já existe há quase 400 anos, não possui previsão para melhorias, refletindo uma falta de planejamento que se tornou uma marca registrada em Mogi das Cruzes.

“A cidade sempre deixou questões de mobilidade e acessibilidade em segundo plano. Faltou visão de longo prazo e investimentos que acompanhassem o crescimento populacional e o surgimento de novas demandas urbanas”, comenta Pinhal. Ele ressalta que mesmo novas áreas urbanas ainda apresentam ruas estreitas que não atendem às necessidades atuais da população.

Um novo horizonte com o sistema viário

Para lidar com o aumento constante no fluxo de pessoas e veículos, a Prefeitura de Mogi das Cruzes lançou um novo projeto de sistema viário em 2025. A proposta inclui a construção de uma nova via que conectará a avenida Francisco Rodrigues Filho à rotatória da avenida Waldemar Costa Filho e à avenida Antônio de Almeida, criando um novo corredor de acesso ao centro da cidade. Esses esforços visam auxiliar o tráfego proveniente de áreas densamente povoadas, como César de Sousa, melhorando a fluidez no trânsito.

Outro ponto importante do projeto é a construção de uma ponte estaiada sobre a linha férrea que irá reestruturar a Praça Kazuo Kimura, conhecida como rotatória do Habib’s, que frequentemente é citada como um ponto crítico do trânsito. Além disso, está prevista a duplicação da Avenida Pedro Romero, uma das principais ligações da região, com a adição de uma nova faixa de rolamento.

O caminho para um crescimento sustentável

Paulo Pinhal destaca que o aprendizado com os erros do passado é crucial para o sucesso do futuro. “Devemos buscar inspiração em experiências bem-sucedidas de outras cidades e implementar políticas públicas que planejem Mogi das Cruzes para um crescimento sustentável, inovador e inclusivo”, afirma.

No entanto, o urbanista enfatiza que a questão das ruas é apenas uma parte do problema. A cidade precisa atualizar suas regras de uso do solo e desenvolver novos bairros com planejamento adequado, garantindo que as ruas sejam construídas com a largura necessária. Também é essencial melhorar o transporte público, implementar ciclovias e criar faixas exclusivas, ajudando a reduzir a quantidade de carros nas ruas e facilitando a locomoção dos cidadãos.

O crescimento de Mogi das Cruzes apresenta desafios consideráveis, e os moradores estão cientes dos custos associados a esse desenvolvimento. Pinhal acredita que a participação da população é fundamental nesse processo. “O sistema viário deve ser planejado de forma colaborativa, envolvendo toda a sociedade. É hora de agir e mudar esse cenário”, finaliza.

Mogi das Cruzes, com sua rica história e perspectivas de futuro, enfrenta um momento de transformação que pode redefinir seu espaço urbano e proporcionar um melhor padrão de vida para todos os seus habitantes.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes