Brasil, 1 de setembro de 2025
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Mercado reduz projeções de inflação para 2025 pela 14ª semana consecutiva

Analistas do mercado financeiro continuam revisando para baixo as estimativas de inflação para os próximos anos, com destaque para 2025

Os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) reduziram a previsão de inflação para 2025 pela 14ª semana seguida, conforme o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (1º/9).

As projeções para os próximos anos também sofreram ajustes, com expectativa de queda na inflação para 2026 e 2027, enquanto a estimativa para 2028 permaneceu constante. No entanto, a inflação acumulada de 12 meses até julho se manteve acima da meta, indicando ainda desafios para o controle dos preços no curto prazo.

Alterações nas projeções de inflação

  • Para 2025, recuou de 4,86% para 4,85%;
  • Para 2026, caiu de 4,33% para 4,31%;
  • Para 2027, passou de 3,97% para 3,94%; e
  • Para 2028, permanece em 3,80%.

O que é o relatório Focus

  • O Focus resume as expectativas do mercado financeiro coletadas até a sexta-feira anterior à divulgação.
  • Divulgado toda segunda-feira, apresenta projeções de inflação, crescimento econômico, câmbio e juros.
  • As estimativas refletem a opinião do mercado, não do Banco Central, que apenas organiza e divulga os dados.

Inflação em alta, mas desacelera ritmo

Os preços de bens e serviços no país avançaram 0,26% em julho, após uma alta de 0,24% em junho. Em 12 meses até julho, a inflação acumulou 5,23%, acima da meta estipulada pelo Banco Central.

A inflação ficou acima do teto da meta em junho, com acumulado de 5,35%. Este foi o primeiro estouro do limite no novo regime de metas contínuas, que avalia o índice ao longo de 12 meses.

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Para agosto, os analistas apostam em uma queda de 0,15% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), dado como o principal indicador da inflação do país, cujo dado oficial será divulgado em 10 de setembro.

O IPCA-15, prévia da inflação, registrou uma deflação de 0,14% em agosto, o menor desde setembro de 2022, indicando uma possível desaceleração do aumento de preços.

Expectativa de crescimento do PIB aumenta ligeiramente

O mercado revisou para cima a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2025, de 2,18% para 2,19%. Para 2026 e 2027, as estimativas também subiram, enquanto a de 2028 permaneceu estável.

  • 2026: de 1,86% para 1,87%;
  • 2027: de 1,87% para 1,89%; e
  • 2028: mantém-se em 2%.

O PIB mede o total de bens e serviços produzidos pelo país em um dado período. Uma alta indica crescimento econômico saudável, enquanto quedas sugerem desaceleração.

A divulgação do resultado do segundo trimestre será feita nesta terça-feira (2/9).

Em 2024, a economia brasileira teve alta de 3,4%, impulsionada pelo setor agropecuário, que cresceu 1,4% no primeiro trimestre, segundo o IBGE.

O Ministério da Fazenda projeta crescimento de 2,5% para 2024, enquanto o Banco Central avalia uma expansão de 2,1%, com desaceleração prevista a partir do segundo trimestre.

Taxa de juros e câmbio

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, encerrando o ciclo de altas. As previsões de analistas continuam indicando estabilidade em 2025.

  • 2026: Selic de 12,50% ao ano;
  • 2027: de 10,50%;
  • 2028: em 10%.

Quanto ao câmbio, as expectativas para o dólar também recuaram levemente. Em 2025, passou de R$ 5,59 para R$ 5,56; em 2026, de R$ 5,64 para R$ 5,62; e em 2027, de R$ 5,63 para R$ 5,62. A previsão para 2028 permanece em R$ 5,60, divulgada pelo Focus.

Balança comercial mantém superávit

O saldo da balança comercial foi mantido em US$ 65 bilhões de superávit para 2025, enquanto as estimativas para 2026 e 2028 também permanecem inalteradas. Para 2027, a previsão foi revisada para cima, chegando a US$ 79,75 bilhões.

Em julho, o saldo comercial foi de US$ 7,1 bilhões, o menor para o mês desde 2022, quando ficou em US$ 5,36 bilhões. A divulgação do saldo de agosto será nesta quinta-feira (4/9).

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