O músico Jack White, conhecido por seus seis álbuns solo após o fim do The White Stripes, usou suas redes sociais para criticar duramente a recente reforma da Casa Branca promovida pela administração Trump. Em um extenso post no Instagram, nesta quarta-feira (19), White chamou atenção para os detalhes dourados, incluindo chinelos e objetos de decoração extravagantes, e afirmou que essa transformação é uma afronta à história do governo dos Estados Unidos.
Críticas à decoração dourada da Casa Branca
Segundo Jack White, a mudança na decoração do escritório Oval, agora com detalhes em ouro, evidencia um gosto “vulgar” e “de palhaço de circo”. “Olhem como Trump transformou a Casa Branca de forma escandalosa e sem bom senso. É uma sala de um lutador profissional, não um símbolo de nação”, escreveu na publicação. Ele ainda comparou a situação a cenas do filme “Idiocracy”, sugerindo que o ambiente agora parece uma mistura de decadência e ostentação vazia.
Resposta da Casa Branca e reação de Jack White
Após o post viral, o porta-voz da administração Trump, Steven Cheung, afirmou ao Daily Beast que Jack White é “um fracassado aposentado que posta besteiras na internet por não ter mais relevância na carreira”.
Jack respondeu à provocação com uma postagem ainda mais extensa, publicada no dia seguinte, na qual listou diversas ações do governo Trump consideradas, por ele, exemplos de fascismo e má conduta política. “Não fui eu quem chamou atenção para as atrocidades do governo, foi a decoração do escritório Oval, e eles responderam com insultos”, afirmou.
Criticas veementes e posicionamento político
Na publicação, White afirmou que Trump é um “con man” que não deveria estar com as mãos no controle de armas nucleares. “Fui criado para acreditar que derrotamos o fascismo na Segunda Guerra Mundial e que jamais permitiríamos que ele retornasse ao mundo. Essa sala de ouro é a prova do contrário”, destacou, ressaltando que considera Trump um perigo global.
O músico também criticou atitudes da administração, como a separação de famílias na fronteira, comentários racistas e a tentativa de minar a democracia americana. “Esse homem é uma ameaça, não apenas para os Estados Unidos, mas para o mundo todo”, reforçou.
Solidariedade de figuras públicas e ações passadas
Celebridades como Patton Oswalt, Beverly D’Angelo e Adam Goldberg apoiaram o posicionamento de White através de comentários e postagens nas redes sociais. Outros atos de oposição incluem a ação judicial de Jack White e Meg White contra o uso indevido de sua música nas campanhas de Trump — que posteriormente foi retirada.
Após a vitória de Trump nas eleições de 2024, Jack White manifestou sua decepção e frustração com o resultado. Em uma publicação, o músico afirmou que a maioria da população americana escolheu “um fascista declarado” e citou possíveis políticas prejudiciais que podem ser implementadas em seu mandato, como deportações, cortes em programas sociais e ataques ao meio ambiente.
Posicionamento e esperança de resistência
Enfatizando sua postura, White concluiu que, apesar de sua passividade habitual, decidiu exercer sua voz contra o que considera um momento perigoso para a democracia global. “Tenho esperança de que nossa história e minhas ações possam ajudar a resistir a esse avanço autoritário”, escreveu.
Essa forte crítica de Jack White é mais um exemplo do engajamento de artistas no cenário político atual, que questiona e denuncia abusos de poder, principalmente em tempos de polarização.