Brasil, 17 de setembro de 2025
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Honras militares a Ashli Babbitt provocam divisão na internet

Decisão da Força Aérea de conceder funerais com honras a Ashli Babbitt gera debates sobre honra, justiça e polarização política

A Força Aérea dos Estados Unidos anunciou que concederá honras militares a Ashli Babbitt, vítima do ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, reacendendo críticas e debates nas redes sociais. Apesar de sua participação no episódio e de seu histórico controverso, a decisão dividiu opiniões nacionais e internacionais.

Reversão de decisão e o contexto do episódio

Originalmente, o Departamento de Veteranos havia negado as honras militares a Babbitt devido à sua participação na invasão ao Capitólio, onde ela tentou forçar uma entrada através de uma porta de vidro, ignorando ordens de dispersão. Em 2021, o então comandante da Força Aérea, Lt. Gen. Brian Kelly, afirmou que tal homenagem “mancharia a imagem” da instituição.

No entanto, em agosto de 2023, o sub-secretário da Força Aérea, Matthew Lohmeier, reverteu a decisão após uma revisão das circunstâncias ao redor da morte da veterana. Segundo Lohmeier, o entendimento prévio foi equivocado e a homenagem não comprometeria a reputação da força.

Controvérsia e discursos polarizados

Posições contrárias à homenagem

Figuras públicas e políticos criticaram duramente a decisão. O ex-deputado republicano Adam Kinzinger, veterano da Força Aérea, afirmou que “honrar Ashli Babbitt é uma afronta ao serviço militar e à democracia”.

O ex-sargento do Capitólio, Aquilino Gonell, que se aposentou por causa de graves ferimentos sofridos na invasão, também condenou a homenagem. “Traíram aqueles que, como eu, colocaram suas vidas em risco para proteger o Congresso”, escreveu Gonell em rede social.

Posições favoráveis e o impacto político

Defensores da decisão, como o grupo conservador Judicial Watch, alegam que a homenagem é uma forma de reconhecer o “sacrifico” de Babbitt, mesmo que sua participação na invasão seja contestada. Tom Fitton, líder do grupo, declarou que “a reversão mostra que a Justiça e a dignidade ainda prevalecem”.

A decisão também foi celebrada por apoiadores de Trump e grupos ligados ao movimento QAnon, que veem Babbitt como uma “heroína” da suposta luta contra o ‘governo profundo’ e a ‘establishment’. Ela se aliou ao movimento antes do episódio, compartilhando teorias conspiratórias e mensagens de apoio ao então presidente.

Repercussões e o futuro das homenagens militares

A controvérsia levantou questões sobre os critérios e limites do reconhecimento militar a figuras controversas. Especialistas alertam para o risco de politizar as honras das forças armadas, que tradicionalmente representam o esforço conjunto de defesa do país.

Analistas também ressaltam o impacto da polarização na escolha das homenagens, refletindo a divisão cada vez maior na sociedade americana. A famílias de vítimas e apoiadores do ex-presidente continuam a debater os limites do que pode ou não ser considerado uma homenagem adequada.

O governo dos EUA ainda não se pronunciou oficialmente sobre os próximos passos, enquanto a discussão sobre o papel das honras militares e os limites do reconhecimento público segue acalorada nas redes sociais e na política.

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