Brasil, 1 de setembro de 2025
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Estudo revela que hospitalizações por problemas mentais dobraram após aborto

Pesquisa acompanhou mulheres por até 17 anos e constatou aumento no risco de internações psiquiátricas relacionadas ao aborto, especialmente entre jovens e quem já tinha transtornos

Uma pesquisa recente publicada no Journal of Psychiatric Research revelou que mulheres que passaram por aborto tiveram o dobro de chances de serem hospitalizadas por problemas de saúde mental, em comparação às que tiveram filhos, na província de Quebec, Canadá.

Resultados do estudo e principais descobertas sobre saúde mental

O estudo analisou dados de mais de 1,2 milhão de mulheres que tiveram filhos e mais de 28 mil que realizaram aborto entre 2006 e 2022. A pesquisa acompanhou o histórico de saúde mental dessas mulheres por até 17 anos, constatando que as internações por transtornos psiquiátricos, uso de substâncias e tentativas de suicídio foram mais frequentes após abortos.

De acordo com os autores, a associação entre aborto e dificuldades emocionais foi mais pronunciada em mulheres com menos de 25 anos na época do procedimento, bem como naquelas com transtornos mentais preexistentes.

Período de maior risco e evolução ao longo do tempo

O índice de internações por problemas de saúde mental atingiu seu pico nos cinco anos seguintes ao aborto, diminuindo gradualmente após esse período. Após 17 anos, o risco começou a se assemelhar ao de mulheres que tiveram gravidez levada até o termo, segundo os dados da pesquisa.

Reações e reconhecimento por especialistas

Tessa Cox, pesquisadora do Charlotte Lozier Institute, afirmou que o estudo é “particularmente forte”.

“Este estudo do Canadá, que possui dados de saúde mais abrangentes que os dos Estados Unidos, reforça uma crescente evidência de que o aborto pode prejudicar a saúde mental das mulheres”, declarou Cox à CNA.

Ela destacou ainda a importância de as mulheres terem acesso a informações completas e de que vítimas de danos emocionais decorrentes do aborto saibam que há possibilidades de perdão e cura.

Avaliações de cientistas e fortalecimento de dados

Outra especialista, Michael New, da Charlotte Lozier Institute, considerou o estudo “robusto”, por acompanhar o comportamento das mulheres ao longo de um período extenso e por sua metodologia rigorosa.

“Este estudo oferece evidências estatísticas contundentes de que o aborto aumenta o risco de problemas de saúde mental”, afirmou New. Ele destacou também a inovação da pesquisa ao usar dados de longo prazo, algo pouco comum e fundamental para compreender as necessidades das mulheres após a interrupção da gravidez.

Contexto e debates atuais sobre aborto e saúde mental

O estudo se soma a uma série de pesquisas que apontam relação entre aborto e dificuldades psicológicas. Apesar disso, críticos argumentam que mulheres com problemas de saúde mental podem ser mais propensas a optar pelo aborto, uma hipótese que esse estudo busca contrabalançar ao controlar esse fator.

Segundo New, ao comparar mulheres que tiveram e que não tiveram hospitalizações psiquiátricas antes da gravidez, o trabalho “reforça a relação de causa e efeito” entre aborto e problemas posteriores de saúde mental.

Perspectivas futuras e impacto na sociedade

Especialistas afirmam que os resultados reforçam a necessidade de se discutir abertamente os riscos emocionais associados ao aborto, além de oferecer apoio psicológico às mulheres. A pesquisa destaca ainda a urgência de políticas públicas que protejam a saúde mental das mulheres que passam por essa experiência.

Para acessar a íntegra do estudo, clique aqui.

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