Brasil, 2 de setembro de 2025
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CPI do INSS pede prisão preventiva de 21 suspeitos de fraudes

A CPI do INSS aprovou pedido de prisão preventiva para suspeitos de fraudes, incluindo o conhecido “Careca do INSS”.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tomou uma decisão significativa nesta segunda-feira, ao aprovar por 26 votos a 0 um requerimento endereçado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O documento solicita ao ministro André Mendonça, relator da investigação sobre as fraudes no órgão, a prisão preventiva e a quebra de sigilo de alguns suspeitos citados nas investigações da Polícia Federal. Entre os principais nomes citados estão o ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do INSS, André Fidelis, e Antônio Carlos Camilo, conhecido como o “Careca do INSS”. O presidente da CPI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), justificou a necessidade da medida pelo temor de que os suspeitos possam fugir do país.

Detalhes das investigações e suspeitos envolvidos

De acordo com documentos da Polícia Federal, Antônio Carlos Camilo, apontado como operador central do esquema, desempenhava papel crucial ao intermediar relações entre associações fraudulentas e servidores públicos. Ele está sob investigação por movimentar R$ 53 milhões provenientes de entidades sindicais e empresas ligadas a este esquema, um montante muito superior ao salário declarado de R$ 24 mil mensais. Inclusive, parte desses recursos teria sido direcionada para a aquisição de presentes luxuosos a autoridades do INSS, incluindo a compra de um carro Porsche, avaliado em R$ 500 mil, que foi transferido para a esposa de um procurador do órgão.

As investigações aprofundam ainda mais a situação de André Fidelis. Relatórios indicam que ele e seu filho, Eric Fidelis, também estão diretamente envolvidos nas fraudes, tendo recebido juntos a quantia de R$ 5,1 milhões de empresas intermediárias relacionadas a entidades associativas. Além deles, a lista de pedidos de prisão inclui outros nomes, como o ex-procurador do INSS, Virgílio Antônio Filho, e empresários e executivos de diversas empresas.

Ameaças e preocupações de segurança

Em um desdobramento preocupante, a CPI também discutiu a segurança do advogado Eli Cohen, que foi o responsável por apresentar as primeiras denúncias sobre as fraudes no INSS. Cohen relatou estar recebendo ameaças de morte, o que levou os integrantes da CPI a votarem um requerimento visando garantir sua segurança integral durante o processo de investigação.

Lista dos pedidos de prisão preventiva

Abaixo, segue a lista completa dos suspeitos para os quais foi solicitado a prisão preventiva:

  • ANDRÉ PAULO FIDELIS
  • ERIC DOUGLAS MARTINS FIDELIS
  • CECÍLIA RODRIGUES MOTA
  • VIRGÍLIO ANTÔNIO RIBEIRO DE OLIVEIRA FILHO
  • THAÍSA HOFFMANN JONASSON
  • MARIA PAULA XAVIER DA FONSECA OLIVEIRA
  • ALEXANDRE GUIMARÃES
  • ANTÔNIO CARLOS CAMILO ANTUNES
  • RUBENS OLIVEIRA COSTA
  • ROMEU CARVALHO ANTUNES
  • DOMINGOS SÁVIO DE CASTRO
  • MILTON SALVADOR DE ALMEIDA JUNIOR
  • ADELINON RODRIGUES JUNIOR
  • ALESSANDRO ANTONIO STEFANUTTO
  • GEOVANI BATISTA SPIECKER
  • REINALDO CARLOS BARROSO DE ALMEIDA
  • VANDERLEI BARBOSA DOS SANTOS
  • JUCIMAR FONSECA DA SILVA
  • PHILIPE ROTERS COUTINHO
  • MAURÍCIO CAMISOTTI
  • MÁRCIO ALAOR DE ARAUJO

Próximos passos da CPI e repercussão política

A aprovação do requerimento pela CPI do INSS marca um passo importante na luta contra a corrupção e as fraudes no sistema previdenciário brasileiro. A expectativa é que o STF analise rapidamente o pedido e tome as medidas cabíveis, uma vez que a situação envolve altos valores e muitos cidadãos que dependem do sistema de seguridade social. A CPI, que está sempre em destaque na mídia, continuará suas investigações, e os próximos passos prometem abordar a segurança para testemunhas e a pressão política gerada por essas investigações.

O caso ressalta a relevância de assegurar a integridade das instituições e a proteção dos direitos dos cidadãos, principalmente em um contexto em que a confiança nas autoridades é cada vez mais questionada. O desenrolar dessa situação terá impacto direto na percepção pública sobre a efetividade da justiça e da responsabilidade governamental no Brasil.

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