Na segunda-feira (1º), os principais líderes da China, Rússia e Índia se encontraram em Tianjin, na China, em uma cúpula que reforça a crescente aliança entre esses países frente às pressões dos Estados Unidos. A reunião contou com a presença de mais de 20 dirigentes de nações não ocidentais, evidenciando uma tentativa de reconfiguração do cenário geopolítico.
Visão de Xi Jinping para uma nova ordem econômica e de segurança
Durante o evento, o presidente chinês, Xi Jinping, apresentou sua proposta de uma nova ordem mundial que prioriza o “Sul Global”, ou seja, países em desenvolvimento que historicamente possuem pouca influência nas decisões globais. “Devemos continuar a tomar uma posição clara contra o hegemonismo e a política de poder, e praticar o verdadeiro multilateralismo”, afirmou Xi, numa clara crítica às políticas tarifárias do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
Segundo analistas, a postura de Xi reflete a tentativa da China de liderar uma alternativa ao atual sistema liderado pelos Estados Unidos, buscando maior autonomia e influência entre países em desenvolvimento.
Fortalecimento de uma blocagem contra a influência ocidental
A cúpula é vista como uma resposta às crescentes tensões entre os países não ocidentais e a política externa dos Estados Unidos, especialmente em questões econômicas, comerciais e de segurança. A reunião sinaliza uma tentativa de consolidar uma frente comum para resistir às sanções e pressões de Washington, além de promover um novo ordenamento multilateral mais representativo.
Reações internacionais
Especialistas apontam que esse movimento reflete o desejo de países como China, Rússia e Índia de ampliar sua influência global sem depender do respaldo ocidental. “Estamos diante de uma mudança de paradigma, na qual o Sul Global busca maior protagonismo nas decisões internacionais”, afirma Laura Almeida, analista de política internacional.
A próxima fase do alinhamento acontecerá conforme essas nações intensificarem diálogos sobre alternativas econômicas e estratégias comuns para equilibrar o peso da influência estadunidense no cenário global.
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