Brasil, 2 de setembro de 2025
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Briga entre senadora e deputada marca sessão da CPMI do INSS

Abrigação entre Leila Barros e Coronel Fernanda gerou tumulto durante votação sobre prisão preventiva de suspeitos de fraudes no INSS.

A sessão desta segunda-feira da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi marcada por uma intensa discussão entre a senadora Leila Barros (PDT-DF) e a deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT). O atrito aconteceu depois que Fernanda celebrou a aprovação de pedidos de prisão preventiva, gerando indignação em Leila Barros que, por sua vez, enfatizou que a base do governo Lula também tinha endossado a proposta.

Tensão no Parlamento

A deputada, ao aplaudir a aprovação, gritava “aprovamos, aprovamos”, o que provocou a resposta imediata da senadora, que estava sentada ao seu lado. A troca de palavras se intensificou ao ponto de ambas se levantarem, fazendo com que outros parlamentares precisassem intervir para separar as duas, que aumentaram o tom da discussão.

Sobre a CPMI do INSS

Na mesma sessão, a CPMI votou por unanimidade a favor de um requerimento endereçado ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a prisão preventiva e a quebra de sigilo de alguns envolvidos em investigações sobre fraudes no INSS. De acordo com o presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a solicitação se justifica devido à possibilidade de fuga dos suspeitos do país.

Investigação de fraudes e lista de suspeitos

A lista dos indiciados inclui o ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do INSS, André Fidelis, e Antônio Carlos Camilo, conhecido como o “Careca do INSS”. Ambos são apontados como operadores centrais em um esquema que teria movimentado milhões em fraudes, com a Polícia Federal identificando que Careca movimentou cerca de R$ 53 milhões, muito acima de sua renda mensal declarada.

Os detalhes das investigações revelam que parte deste dinheiro foi utilizado para subornar servidores públicos, incluindo a transferência de um Porsche de R$ 500 mil para a esposa de um procurador do INSS, o que levanta sérias questões sobre a integridade do órgão.

Ligação com outros suspeitos

Além dos nomes já citados, a lista de pedidos de prisão preventiva inclui Eric Fidelis, filho de André Fidelis, e outros 20 indivíduos que, segundo a investigação, têm relações diretas com as fraudes. A CPI identificou transações suspeitas envolvendo valores que têm levantado a suspeita de que um esquema maior pode estar em operação dentro do INSS.

Demandas e futuras investigações

Com o cenário político tenso e a evidência de fraudes, a CPMI do INSS se apresenta cada vez mais como um espaço crucial para a identificação de responsáveis e a manutenção da integridade dos serviços oferecidos aos cidadãos brasileiros. A previsão é de que as investigações avancem e novos desdobramentos surjam nas próximas semanas, à medida que o processo judicial se desenvolve.

O GLOBO solicitou um retorno das parlamentares envolvidas na discussão, mas ainda não recebeu respostas. O espaço permanece aberto para suas manifestações. A expectativa é que, além do desfecho das investigações, a relação entre os parlamentares se transforme, considerando a acirração do debate e as implicações legislativas das questões debatidas durante a CPMI.

  • ANDRE PAULO FELIX FIDELIS
  • ERIC DOUGLAS MARTINS FIDELIS
  • CECILIA RODRIGUES MOTA
  • VIRGILIO ANTONIO RIBEIRO DE OLIVEIRA FILHO
  • THAISA HOFFMANN JONASSON
  • MARIA PAULA XAVIER DA FONSECA OLIVEIRA
  • ALEXANDRE GUIMARAES
  • ANTONIO CARLOS CAMILO ANTUNES
  • RUBENS OLIVEIRA COSTA
  • ROMEU CARVALHO ANTUNES
  • DOMINGOS SAVIO DE CASTRO
  • MILTON SALVADOR DE ALMEIDA JUNIOR
  • ADELINON RODRIGUES JUNIOR
  • ALESSANDRO ANTONIO STEFANUTTO
  • GEOVANI BATISTA SPIECKER
  • REINALDO CARLOS BARROSO DE ALMEIDA
  • VANDERLEI BARBOSA DOS SANTOS
  • JUCIMAR FONSECA DA SILVA
  • PHILIPE ROTERS COUTINHO
  • MAURICIO CAMISOTTI
  • MARCIO ALAOR DE ARAUJO

Os desdobramentos desse caso podem ter um impacto significativo no futuro da política previdenciária no Brasil, e as ações da CPMI reverberam muito além do debate atual, influenciando a confiança do público nas instituições. Aguardamos novos capítulos dessa história complexa, que promete capturar a atenção da sociedade.

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