O aumento alarmante das ocorrências de roubos e furtos em Palmas, que já soma 670 casos em 2025, está gerando uma onda de insegurança entre os moradores. Em meio a esse cenário, a busca por maior policiamento e estratégias efetivas para coibir a criminalidade se torna uma necessidade urgente para a população local, que se sente desprotegida em suas próprias casas.
O estado da segurança em Palmas
Segundo dados fornecidos pela Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP), o número de furtos a residências de janeiro a agosto de 2025 chegou a 645 registros, enquanto em todo o estado houve um total de 2.127 ocorrências. Além disso, foram registrados 99 casos de roubo no estado e 33 somente na capital Palmas. Estes números, que refletem um aumento significativo em relação a anos anteriores, têm feito com que muitos moradores adotem medidas de segurança extremas e mudem seus hábitos diários.
A servidora pública Erika Fernandes, que reside na Quadra 114 (antiga 110 Sul), enfrentou essa realidade de perto, tendo sua casa furtada três vezes. Ela descreve a sensação de impotência ao descobrir que sua residência foi violada. “É muito ruim, você se sente impotente, fica pensando que graças a Deus não estávamos em casa e você vê a sua casa toda revirada”, lamenta Erika, ressaltando a frustração de ter investido em segurança com câmeras, alarmes e cães de guarda, sem conseguir evitar as invasões.
Medidas de segurança e o sentimento de vulnerabilidade
Os moradores da quadra de Erika têm investido em diversas medidas de segurança, incluindo a contratação de vigilantes e a instalação de sistemas de monitoramento. Mesmo assim, a sensação de insegurança persiste, e muitos afirmam que essas ações não têm sido suficientes para proteger a comunidade. “Quase todos os dias somos alertados sobre tentativas de arrombamento”, revela uma moradora que preferiu não se identificar. Segundo ela, a situação é tão crítica que algumas famílias optaram por se mudar da localidade devido aos assaltos e a presença de criminosos, que já levaram pessoas a serem feitas reféns.
Os altos impostos, como o IPTU, têm gerado descontentamento entre os moradores, que esperavam um retorno em forma de segurança e manutenção de áreas públicas. A praça, que já foi uma das mais bem cuidadas da capital, agora enfrenta descaso, o que contribui para aumentar a sensação de insegurança, especialmente durante a noite.
Impacto na rotina dos moradores
O medo dos assaltos está afetando até mesmo a rotina diária dos moradores. Erika, por exemplo, alterou seus horários de caminhada para evitar ficar na rua após anoitecer. “Prefiro sair somente até as 19h30. Depois disso, a situação não é mais segura, mesmo com a presença da vigilância”, destaca. O clima de apreensão é palpável e afeta a liberdade das pessoas, que agora se veem limitadas em atividades simples, como um passeio ao ar livre.
Resposta da Polícia Militar
Diante desse cenário preocupante, a Polícia Militar do Tocantins afirma que tem realizado ações de policiamento contínuo na Quadra 110 Sul. As estratégias adotadas incluem rondas e patrulhamento motorizado, além da coleta de dados estatísticos para direcionar as ações policiais nos locais e horários mais críticos. A PM enfatiza a importância da colaboração da população, que pode reportar ocorrências e fornecer informações úteis pelo telefone 190.
A nota da PM destaca que a segurança é uma responsabilidade compartilhada e conclama a comunidade a participar ativamente desse processo colaborativo. A interação entre a população e as forças de segurança é vista como fundamental para o sucesso das operações e para a melhoria da segurança pública em Palmas.
Enquanto isso, a espera por soluções efetivas segue, e os moradores permanecem alertas e preocupados com a crescente onda de criminalidade em sua cidade.
Para mais informações sobre segurança pública e estatísticas, acesse o portal da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins ou acompanhe as atualizações do g1 Tocantins.
