Brasil, 1 de setembro de 2025
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Aspectos normalizados na política dos EUA que são verdadeiramente distópicos

Vícios na política americana, como o lobby ilegal e o poder do colégio eleitoral, revelam uma sociedade cada vez mais distópica.

Nos Estados Unidos, há diversos elementos na política que, embora considerados normais por muitos, na verdade representam aspectos altamente distópicos e preocupantes. Questionamentos sobre o uso de ordens executivas, o sistema de colégio eleitoral e a influência do dinheiro no sistema eleitoral vêm crescendo entre cidadãos e analistas.

O uso de ordens executivas e o papel do Congresso

Uma das críticas mais frequentes é o fato de o presidente poder criar leis por meio de ordens executivas, sem passar pelo processo legislativo tradicional. “O fato de o presidente simplesmente inventar leis usando ordens executivas, ao invés de seguir o processo formal, é algo que deveria ser visto como uma distopia”, afirma um membro da comunidade de BuzzFeed. Além disso, a permanência vitalícia dos juízes no Supremo Tribunal é vista como uma ameaça à democracia, defendendo-se a implementação de limites de mandato.

Lobbies, financiamento de campanhas e influência do dinheiro

Dados sobre o financiamento de campanhas e lobbying acumulam críticas intensas, com a percepção de que o financiamento de campanhas é, na verdade, uma forma de suborno legalizado. “Lobbying é uma prática de suborno legalizado, e você não pode me convencer do contrário”, afirma um usuário na plataforma. A influência do dinheiro é tamanha que, após a decisão Citizens United, os ricos têm um impacto desproporcional nas eleições, distorcendo o próprio conceito de democracia.

Partidos políticos e uma falsa escolha

A dupla estrutura do sistema bipartidista é vista como uma distopia: embora existam múltiplas coalizões, os eleitores tendem a sentir que só podem escolher entre Republicanos ou Democrats, tornando-se uma espécie de ilusão de opção. “As pessoas acham que, se não apoiam o candidato de um partido, apoiam o do outro, e, na prática, o voto nessas eleições é quase um protesto”, explica um internauta. Essa realidade impede uma pluralidade política verdadeira e limita as alternativas de representação.

O colégio eleitoral e as desigualdades na votação

O sistema do colégio eleitoral é frequentemente criticado por seu impacto desigual na força do voto. “O colégio eleitoral foi um compromisso de uma época que permitia contar escravos como 3/5 de uma pessoa, e, hoje, uma votação em Wyoming tem o mesmo peso que três em Califórnia”, analisa um participante. O sistema favorece os estados rurais e as regiões com menos população, o que compromete a representatividade real do voto popular.

Outros aspectos preocupantes na política americana

Desde a dificuldade de cidadãos comuns influenciar as decisões políticas até o poder desproporcional de políticos ricos, os aspectos distópicos continuam a se acumular. Entre eles, a possibilidade de um líder autoritário ordenar a tomada do Capitólio, o papel da mídia de direita que propagandeia mentiras como livre expressão, e a presença de figuras com histórico criminal na presidência são temas destacados.

Consequências de uma política polarizada e desumanizadora

Um ponto que gera preocupação é o acirramento da polarização, onde a política se transforma em um esporte de vencedores e perdedores, levando à desumanização de grupos e ao tratamento de crenças políticas como uma extensão da identidade própria. Essa divisão extrema acaba prejudicando a resolução de problemas reais e a convivência democrática.

Perspectivas futuras e necessidade de mudança

Especialistas e cidadãos continuam a questionar até que ponto essa normalização de práticas distópicas na política dos EUA pode ameaçar o futuro da democracia. A reforma de instituições como o colégio eleitoral, a limitação de mandatos e o combate ao financiamento indevido permanecem como passos essenciais para uma mudança mais justa.

Apesar de muitas dessas questões estarem enraizadas na cultura política americana, reconhecer sua natureza distópica é o primeiro passo para exigir ações que possam recuperar a saúde democrática do país.

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