Brasil, 17 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Aspectos normalizados na política dos EUA que são realmente distópicos

Voto sem influência real, burocracia ilimitada e poder desproporcional revelam uma democracia distópica nos Estados Unidos

Apesar de várias críticas à política dos Estados Unidos, algumas práticas se tornaram tão comuns que deixamos de perceber seu caráter distópico. Desde o poder ilimitado do presidente até a influência absurda de interesses econômicos, cidadãos e ex-membros da comunidade BuzzFeed compartilharam aspectos que deveriam ser considerados inaceitáveis.

Práticas distópicas muitas vezes normalizadas na política dos EUA

1. Poder do presidente por meio de ordens executivas

Um dos pontos mais criticados é a possibilidade de o presidente criar leis por meio de ordens executivas, sem passar pelo Congresso. Como aponta um usuário, “o fato de o presidente poder simplesmente inventar leis usando ordens executivas, sem passar pelo processo legislativo formal, é extremamente perigoso e distópico”.

2. Lobbying como ‘suborno legalizado’

Para muitos, o lobby é uma forma de suborno disfarçado de influência legítima. “Lobbying é suborno legalizado, e vocês não conseguem me convencer do contrário”, afirmou uma participante da discussão, reforçando o sentimento de que interesses econômicos dominam a política por uma via corrupta.

3. Duopólio político e eleições limitadas

A concentração do poder em apenas dois partidos tornou-se uma característica do sistema americano, limitando opções reais aos eleitores. “As pessoas sentem que, se não apoiam o candidato principal de um desses partidos, apoiam o do outro. Nosso sistema é uma luta de dois, e votar em terceiros ainda é visto como protesto”, comenta um internauta.

4. Lixo de desinformação na mídia privilegiada

Com a liberdade de disseminar mentiras, a mídia de direita, segundo relatos, muitas vezes propaga informações falsas free speech disfarçadas de jornalismo. “A mídia de direita pode mentir descaradamente e chamar isso de ‘liberdade de expressão’”, critica um usuário.

5. O papel do Colégio Eleitoral e desigualdade do voto

Um dos aspectos mais distópicos é o Colégio Eleitoral, uma herança do passado escravocrata, que favorece certas regiões e minora o voto popular. “Um voto em Wyoming vale tanto quanto três em Califórnia, e os eleitores podem votar contra a vontade do povo”, explica uma participante. Essa disparidade favorece candidatos que representam interesses de estados menores.

6. Representação e influência militar

Surpreendentemente, há quem acredite que os requisitos para servir na força militar são mais rígidos do que para se tornar presidente, o que revela uma distorção. “A exigência de servir no exército é maior do que os critérios para ser presidente”, aponta um usuário, refletindo sobre a visão estereotipada dos militares.

7. Desigualdade de benefícios

Outro ponto polêmico é que o Congresso recebe cuidados de saúde melhores do que a população que representa, criando uma disparidade alarmante. “Eles não deveriam poder acessar um sistema de saúde mais eficaz do que os residentes sob sua tutela”, destaca um internauta.

Outros aspectos distópicos na política dos EUA

A influência de figuras controversas e o poder ilimitado de ex-presidentes

Temas como ex-presidentes com históricos criminalidade, uso de símbolos políticos como bibelôs de mil dólares, e a ausência de freios ao poder presidencial, como o ataque ao Capitólio, reforçam a percepção de uma democracia viciada. “Um aspirante a ditador pode ordenar tropas a invadir o Capitólio e ninguém faz nada”, denuncia um participante.

Poder do dinheiro na eleição e polarização extrema

Outro aspecto alarmante é o custo altíssimo das campanhas eleitorais, enquanto a influência de dinheiro desproporcional favorece os ricos. Além disso, a polarização política transformou o debate em verdadeiro esporte de guerra, onde a união se torna impossível. “A eleição se resume a uma batalha de extremos, e a maioria da população acaba sem voz”, explica um usuário.

Repressão e autoritarismo

Casos de forças armadas patrulhando ruas, detenções arbitrárias e ameaças de golpe revelam uma distopia ainda mais evidente. “Um líder de um país considerado ‘livre’ ordena tropas contra o próprio povo e ninguém repele”, lamenta outro internauta.

Perspectivas de uma democracia perturbada

O sentimento geral entre os participantes é de impotência perante um sistema que legitima e até incentiva práticas perigosas. “Estamos na militarização, na influência desmedida do dinheiro e na limitação real do poder do povo”, conclui uma opinião comum. Muitos reforçam a necessidade de mudanças urgentes, mas reconhecem a dificuldade de se fazer isso em uma estrutura tão consolidada no distanciamento da realidade democrática.

Ao refletirmos sobre essas críticas, fica claro que, embora aparentem ser partes do cotidiano político, muitos elementos da política americana ainda carregam traços distópicos que ameaçam a própria essência da democracia. A questão que fica é: a normalização dessas práticas não acaba por torná-las normais demais?

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes