Durante uma reunião de gabinete nesta terça-feira, Donald Trump sugeriu que o autismo pode ter causas artificiais, como medicamentos, e pediu um relatório sobre o tema. A declaração ocorreu enquanto o então secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., afirmava que há intervenções que quase certamente causam o autismo.
Acusações sem respaldo científico sobre o autismo
Kennedy, conhecido por seu ceticismo em relação às vacinas, afirmou que alguns tratamentos podem estar vinculados ao aumento dos casos de autismo. “Estamos descobrindo intervenções que claramente, quase seguramente, causam autismo”, declarou Kennedy, prometendo um relatório para setembro. Especialistas do National Institutes of Health reforçam que as causas do autismo envolvem fatores genéticos e ambientais, sem relação com vacinas.
Reedição de teorias desacreditadas
As afirmações de Kennedy e Trump continuam a alimentar teorias conspiratórias. Em abril, Kennedy alegou que a vacina contra sarampo contém “resíduos de fetos abortados” e partículas de DNA, mesmo com o avanço no controle de surtos de sarampo no país. Além disso, uma especialista da CDC renunciou após alterações nas recomendações de vacinação para grupos vulneráveis, indicando conflitos internos na abordagem contra a COVID-19.
Posições contraditórias e impacto na saúde pública
Apesar de os especialistas rejeitarem a relação entre vacinas e autismo, Kennedy e Trump insistiram na possibilidade de causas artificiais. Em uma audiência na Câmara, Kennedy afirmou que suas opiniões são irrelevantes ao momento de decidir políticas públicas, mas continua a influenciar o debate nacional.
Perspectivas futuras e desinformação
Trump afirmou que aguarda o relatório de Kennedy, previsto para setembro, para esclarecer as causas do autismo. Procurado por ciência e saúde, o público deve manter o cuidado com informações não fundamentadas que podem prejudicar campanhas de vacinação e a saúde pública em geral.
Pesquisas indicam que o aumento aparente nos casos de autismo se deve, principalmente, à maior conscientização e avanços nos critérios de diagnóstico, e não a fatores artificialmente induzidos.
Este conteúdo foi originalmente publicado pelo HuffPost e reforça a importância de verificar informações relacionadas à saúde com fontes confiáveis, como o NIH e a CDC.