Brasil, 1 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Reforço na segurança do STF para julgamento de Jair Bolsonaro

A segurança do Supremo Tribunal Federal será intensificada durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus.

No próximo dia 2 de setembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) dará início ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus, acusados de tentativa de golpe de Estado. Para garantir a segurança dos ministros e das dependências da Corte, um robusto esquema de proteção foi elaborado, envolvendo ações conjuntas entre a segurança do tribunal e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Medidas de segurança reforçadas

As medidas de segurança incluem varreduras periódicas nas casas dos ministros, o fechamento da Praça dos Três Poderes e a presença de agentes durante a noite na sede do STF, em Brasília. A primeira etapa da análise da ação penal contra Bolsonaro está agendada para ocorrer entre os dias 2 a 12 de setembro. O reforço na segurança se justifica não apenas pelo julgamento em si, mas também pela crescente onda de ataques direcionados aos ministros desde os eventos de 8 de janeiro.

Operação de segurança abrangente

O esquema inclui a varredura completa das dependências do Supremo antes da entrada de ministros, jornalistas, advogados e assessores nas sessões. A vistoria, realizada pela Polícia Federal com o auxílio de cães farejadores, está marcada para 6h da manhã do dia 2 de setembro. Além disso, o tribunal contará com o aumento do número de detectores de metais e de agentes de segurança. Agentes judiciários de outros tribunais, como o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e o Tribunal Superior do Trabalho (TST), também foram convocados para reforçar as operações de segurança.

Para garantir a segurança 24 horas durante o período do julgamento, cerca de 30 agentes extras estão sendo destacados para o STF, provenientes da Justiça Federal do Rio de Janeiro e do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.

Julgamento e seus réus

O julgamento de Bolsonaro e seus aliados será presencial e ocorrerá em dias extraordinários, definidos pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin. As sessões serão realizadas nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro, com a intenção de abordar as acusações relacionadas ao planejamento de um golpe que visava a manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.

Entre os réus, destacam-se nomes como o ex-ministro Braga Netto e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, ambos acusados de desempenhar papéis centrais na trama. As defesas enfatizam a ausência de provas que liguem seus clientes ao suposto plano golpista, uma linha de argumentação que será analisada pelo STF.

Expectativas da população e contexto do julgamento

O clima de expectativa em relação ao julgamento é palpável, não apenas entre os advogados de defesa ou os réus, mas também entre a população em geral. O STF recebeu cerca de 3 mil pedidos para que o julgamento de Bolsonaro seja transmitido ao vivo. A importância da transparência e da segurança nas operações envolvendo figuras políticas de alto escalão não pode ser subestimada, especialmente em um contexto de polarização política.

Com a presença de um grande público previsto, a segurança externa também estará acentuada para evitar qualquer tipo de aglomeração que possa resultar em conflitos. A parceria com a Polícia Militar do DF garantirá uma cobertura adicional, com viaturas e homens posicionados estrategicamente em torno da Corte.

Conclusão

O STF está implementando um plano estruturado para lidar com os riscos associados a grandes julgamentos e eventos de interesse público. Segundo nota oficial, “as equipes de segurança trabalham 24 horas por dia, sete dias por semana, com adaptações constantes às análises de risco, garantindo não apenas a segurança institucional, mas também a do público presente”. Com o início do julgamento se aproximando, o Brasil aguarda ansiosamente pelo desfecho desse importante caso, que marca não apenas a trajetória de uma figura política controversa, mas também o estado da democracia e do sistema judiciário do país.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes