A atriz e ativista Laverne Cox usou as redes sociais para falar sobre seu relacionamento de quatro anos com um policial de Nova York, que vota no movimento MAGA de Donald Trump. Cox, que é uma crítica aberta à administração Trump e aos projetos que ameaçam os direitos trans, explicou que seu namoro foi baseado no amor e no respeito, apesar das diferenças políticas.
Relacionamento e desafios políticos
Durante um vídeo no Instagram, Cox revelou que conheceu seu ex-namorado durante a pandemia, há cinco anos, quando ele tinha 26 anos. “Ele é um policial, branco, de olhos azuis e vota no movimento MAGA, mas isso não influenciou o que sentia por ele”, afirmou. Ela acrescentou que, apesar das diferenças, o amor foi a prioridade e que tentou abordar suas divergências com empatia e diálogo.
Apesar de suas críticas ao governo Trump, Cox destacou que nunca adotou a política de seu ex. “Nunca me envolvi nas questões trans com ele durante o relacionamento. Meu foco era viver e amar”, explicou. Ela também reforçou que seu ex não a desumanizou e que, na maioria do tempo, eles evitaram assuntos políticos mais polarizadores.
Reação e posicionamento na internet
Após publicar o relato, Cox enfrentou comentários negativos, inclusive um que zombava de sua sexualidade e do relacionamento, o que a levou a se pronunciar novamente na rede social. Ela afirmou que sua história é uma demonstração de que o amor pode superar preconceitos e que não deve ser julgado por diferentes opiniões políticas.
“Fascismo não condiz com meus valores. Sempre desafiei meu ex com amor, fatos e compreensão”, declarou Cox. Ela ressaltou ainda que, embora seja uma defensora das causas LGBTQIA+ e dos direitos civis, acredita na capacidade de diálogo e na convivência com pessoas de diferentes visões.
Contexto político e suas posições
Durante sua carreira, Laverne Cox tem sido uma voz incisiva contra a violência e as políticas anti-trans promovidas pelo governo Trump, especialmente na administração de 2016 a 2020. Ela chegou a considerar deixar os Estados Unidos após a reeleição de Trump, mas decidiu permanecer e lutar pelos direitos de sua comunidade.
Cox também revelou que se registrou como democrata em 2020 para votar em Bernie Sanders, mas nunca votou em Trump. “Meu ex não representa toda a minha visão ou minha comunidade”, afirmou. Ela reforçou que sua relação, embora complexa, foi sustentada por amor e tentativa de entendimento entre duas pessoas com diferenças ideológicas profundas.
Reflexões sobre amor e política
Em sua apresentação na Cidade de Nova York, Cox deve abordar o tema, incluindo detalhes de sua experiência pessoal, o que causou reações variadas nas redes sociais. Para ela, a história demonstra que é possível amar alguém mesmo com opiniões contrárias, desde que haja respeito e diálogo.
Embora a relação tenha terminado, Cox defende que a vivência mostra a importância do diálogo e da empatia na tentativa de construir pontes, mesmo em tempos de polarização política.
