No dia 12 de agosto, uma idosa de 75 anos, identificada como Maria de Nazaré, que possui mieloma múltiplo, foi derrubada de uma maca ao chegar ao Hospital Geral de Fortaleza (HGF). A paciente foi levada ao hospital após fraturar o fêmur e, segundo familiares, acabou fraturando a clavícula devido à queda. O incidente gerou dissecação sobre o atendimento oferecido pelo hospital e a situação delicada em que se encontra a paciente.
O Que Aconteceu na Chegada ao Hospital
A idosa, moradora de Maranguape, na Região Metropolitana de Fortaleza, havia fraturado o fêmur e buscava atendimento especializado. A família conseguiu uma ambulância municipal para levá-la a Fortaleza, mas ao chegar ao HGF, enfrentaram uma situação inesperada: não havia maqueiros disponíveis para transportar Maria de Nazaré do carro para dentro do hospital.
Num momento de desespero, pessoas que estavam nas proximidades, incluindo o motorista da ambulância, se ofereceram para ajudar a colocar a idosa na maca. Foi durante essa tentativa que o acidente aconteceu, resultando na queda de Maria de Nazaré ao chão. A gravidade do ocorrido foi registrada por um vídeo feito por uma testemunha, mostrando a luta de voluntários para reerguer a idosa.
Repercussões do Acidente
Depois da queda, Maria foi finalmente atendida no hospital, onde os médicos confirmaram que, além da fratura do fêmur, a paciente também havia fraturado a clavícula. A família atribui essa última lesão diretamente à queda, aumentando ainda mais a preocupação com a saúde da idosa.
Após o primeiro atendimento, Maria recebeu alta, mas retornou ao hospital posteriormente para uma cirurgia que se tornara necessária. No entanto, a família ficou alarmada com a situação: a idosa passou oito dias em um corredor, aguardando uma vaga na enfermaria para realizar o procedimento cirúrgico, que até então não havia ocorrido.
Preocupações da Família e Resposta do Hospital
William Meneses, neto de Maria de Nazaré, expressou a preocupação da família em relação à demora para a realização da cirurgia. “O hospital diz que não tem material [para cirurgia], dá uma previsão lá pro próximo mês, e a família está preocupada e aflita com essa situação porque quanto mais tempo ela passa lá, mais vai agravando a situação dela”, relatou o neto.
Em uma nota enviada à TV Verdes Mares, o Hospital Geral de Fortaleza destacou que a paciente foi levada ao local “por meios próprios e conduzida por profissionais que não compõem o corpo da unidade”. Em resposta ao caso complexo, o HGF informou que uma endoprótese de quadril bipolar foi necessária para a realização da cirurgia, e que a aquisição foi feita por meio de dispensa de licitação. A unidade de saúde aguarda a conclusão dos trâmites para receber o equipamento e realizar o procedimento cirúrgico.
Reflexão sobre o Sistema de Saúde
Este incidente levanta questões importantes sobre o sistema de saúde no Brasil, especialmente em relação ao atendimento a pacientes em situações críticas. A falta de maqueiros disponíveis e a demora na realização de procedimentos cirúrgicos podem ter consequências devastadoras para os pacientes e suas famílias. É essencial que as autoridades competentes avaliem a situação e promovam melhorias efetivas na qualidade do atendimento, garantindo segurança e dignidade a todos os pacientes.
Enquanto isso, a família de Maria de Nazaré aguarda ansiosamente por uma solução que leve a uma recuperação efetiva da idosa. Os desafios enfrentados por eles são um retrato das dificuldades enfrentadas por muitos no sistema de saúde, onde o acesso adequado aos cuidados médicos deveria ser uma prioridade.
