Brasil, 31 de agosto de 2025
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Frankenstein de Guillermo del Toro: uma nova abordagem clássica

O novo filme de Guillermo del Toro traz uma interpretação única e romântica do clássico Frankenstein, com Jacob Elordi como protagonista.

O aclamado diretor mexicano Guillermo del Toro faz sua marca no mundo do cinema com sua mais recente obra, uma reinterpretação de Frankenstein. Apresentando uma visão diferenciada da história clássica de Mary Shelley, o filme traz Jacob Elordi no papel da criatura, em uma escolha ousada que destaca o lado romântico em detrimento do horror tradicional. Com um lançamento mundial previsto para 17 de outubro nos cinemas, seguido de uma estreia na Netflix em 7 de novembro, a expectativa em torno da produção é alta.

A abordagem inovadora de Del Toro

Conforme Elordi assume o papel da criatura, o que mais chama a atenção é a transformação do monstro, que não é mais visto apenas como uma figura de terror, mas sim como um outsider incompreendido com questões complexas, quase como um “James Dean” trágico. Este ângulo filosófico reflete uma nova maneira de perceber o clássico, desafiando as expectativas do público que já está saturado de adaptações anteriores.

A escolha de Elordi é intrigante, principalmente pela sua aparência distinta que se distancia da representação tradicional de Boris Karloff. O novo Frankenstein não é apenas um vilão; ele é um símbolo de rejeição social e busca por aceitação. Em contrapartida, Oscar Isaac, que interpreta Victor Frankenstein, oferece uma performance dual, oscilando entre o gênio criador e o vilão egocêntrico.

Performances e personagens

Isaac traz uma complexidade ao seu papel, embora sua atuação varie entre momentos impactantes e outros em que a conexão com o público parece frágil. Quando Victor se torna um cientista rebelde, os trejeitos e a ansiedade de Isaac podem gerar estranhamento. Contudo, seu personagem se torna mais autêntico quando enfrenta seu passado, propondo uma reflexão sobre as consequências de suas escolhas.

Um dos destaques do filme é a beleza de sua cinematografia, que combina momentos de grande lirismo com cenas de horror visceral. As locações são ricamente construídas, desde as ruas lamacentas de Edimburgo até a dramática atmosfera dos campos de batalha onde Victor busca partes de corpos para suas experiências.

Além disso, Mia Goth como Elizabeth adiciona profundidade emocional à narrativa. Sua atuação retrata uma mulher forte e inteligente, que acaba se tornando o objeto do desejo de Victor, complicando ainda mais a dinâmica das relações apresentadas no filme.

Um clássico reimaginado

Embora o enredo de Frankenstein já tenha sido contado diversas vezes, desde as adaptações feitas por Mel Brooks até os filmes de terror da Hammer, Del Toro se esforça para oferecer uma versão mais fiel ao romance original de Shelley. A narrativa segue um formato que tenta ser equilibrado, apresentando as versões de Victor e da criatura, permitindo que o público navegue entre suas perspectivas, o que acrescenta camadas à trama.

A luta pela sobrevivência do monstro

Um dos aspectos mais sedutores do filme é como ele aborda a inevitabilidade da morte e a luta pela vida da criatura. Do início ao fim, a história oscila entre melodrama romântico e momentos de intensa violência, mas a previsibilidade da sobrevivência do monstro pode gerar uma sensação de falta de suspense, limitando a imersão do espectador na narrativa.

A elaboração visual de Del Toro, sua assinatura como um dos mestres contemporâneos da estética cinematográfica, promete encontros visuais cativantes. A maneira como ele usa cada cena para contar uma história mais profunda é admirável, e o trabalho de produção e figurino não decepciona.

No fim, Frankenstein apresenta uma resposta provocativa ao público contemporâneo, convidando-os a reexaminar suas percepções de monstros e moralidade. A obra possui seus altos e baixos, mas em última análise, é uma adição ousada e inovadora ao cânone do horror e da literatura clássica.

O filme, dirigido por Guillermo Del Toro e estrelado por Jacob Elordi, Oscar Isaac, Christoph Waltz e Mia Goth, promete ser uma experiência cinematográfica fascinante que reinventa uma das histórias mais conhecidas da literatura. Com data de estreia marcada para o dia 17 de outubro nos cinemas e disponível na Netflix a partir de 7 de novembro, o público aguarda ansiosamente essa nova interpretação.

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