No último domingo, o Fluminense enfrentou o Santos na Vila Belmiro pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, e o resultado foi um empate sem gols, que poderia ser considerado desanimador. A utilização do VAR para anular um gol de Tiquinho Soares, anotado nos acréscimos do segundo tempo, foi mais um capítulo de uma atuação frustrante da equipe tricolor, que já vinha de duas derrotas seguidas para Bahia e Bragantino. O desempenho do time foi notório, com uma falta de ambição que o deixou vulnerável contra um adversário que luta contra o rebaixamento.
Falta de estratégia na segunda etapa
A equipe comandada por Renato Gaúcho pareceu sentir a pressão, principalmente na segunda etapa, onde perdeu a maioria dos duelos em campo. As substituições realizadas, como a entrada de Igor Rabello no lugar do centroavante Germán Cano, visavam a segurança defensiva e pouco contribuíram para uma reação ofensiva. “O Santos aumentou a presença ofensiva, era necessário colocar mais um jogador alto para reforçar a defesa”, afirmou Renato, destacando a necessidade de “saber sofrer”. Contudo, o Fluminense mostrou-se apático, contando mais com a sorte do que com uma estratégia bem definida.
No final do jogo, a estréia de Igor Rabello pelo Fluminense ao lado da marcação estabelecida, foi uma tentativa de criar solidez defensiva, mas isso não se traduziu em uma proposta ofensiva palpável. A equipe, que tinha como estratégia principal explorar as costas da defesa adversária, não conseguiu concretizar essa abordagem durante os 90 minutos, evidenciando um quadro preocupante para os torcedores.
Retorno de Neymar e fragilidade do Santos
No lado do Santos, a situação não foi muito melhor. Sob a liderança do novo técnico Vojvoda, a equipe teve um desempenho aquém do esperado. Mesmo com Neymar de volta após suspensão, sua atuação foi abaixo da crítica. O jogador, que não foi convocado por Carlo Ancelotti por opções técnicas, também recebeu um cartão amarelo em uma discussão com o árbitro, mostrando a frustração com o desempenho do time que, apesar de superior em diversos momentos, falhou em aproveitar as oportunidades.
O Santos, que jogou sem Canobbio e Nonato, fez alterações para dar mais chance a jogadores como Santiago Moreno e Lucho Acosta, mas a falta de entrosamento se refletiu nos erros de passe e movimentação sem a bola. Moreno, que fez sua estreia como titular, foi uma das principais válvulas de escape no primeiro tempo, mas assim como seus companheiros, apresentou queda de rendimento na segunda etapa.
O que vem a seguir para o Fluminense
Após esse empate frustrante, o Fluminense tem pela frente uma semana livre devido à pausa da data Fifa, o que será uma oportunidade importante para repensar sua estratégia e recuperar o desempenho da equipe. O próximo desafio será contra o Bahia, no dia 10 de setembro, pelas quartas de final da Copa do Brasil, em um jogo que se torna ainda mais crucial para a recuperação da confiança do time.
O capitão Thiago Silva ressaltou a importância de não sair derrotado mesmo em dias ruins. “Fizemos um primeiro tempo equilibrado, mas no segundo o Santos controlou. É preciso aprender a lidar com esses jogos,” concluiu. Com a expectativa de melhorar o desempenho, o Fluminense busca se reerguer na tabela do Brasileiro, onde cada ponto conta diante da dura competição.
Com a atual situação, o torcedor do Fluminense espera que a equipe consiga se reerguer e mostrar a garra que muitas vezes não foi visível em campo nas últimas partidas.
