A cobrança de saquinhos plásticos para o transporte de líquidos na bagagem de mão no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, tem gerado uma série de incertezas entre os passageiros. Embora a regra exista desde 2019, muitos viajantes afirmam que a fiscalização intensificou recentemente, levando a um aumento nos relatos de problemas nas áreas de embarque.
Aumento na fiscalização e reações dos passageiros
Passageiros como o casal Nelson e Patrícia Fonseca, que viajam anualmente para Bruxelas, revelaram que nunca haviam ouvido falar da “regra do zip lock”. “Saímos de casa totalmente despreparados para isso. Soube pela primeira vez sobre a regra esta semana através das redes sociais, então decidimos comprar nossos saquinhos para evitar problemas”, relatou Patrícia.
Outro casal, Natália Castelli e Vitor Castellar, também relatou ter descoberto a exigência recentemente. Com o receio de enfrentar complicações no embarque, Natália trouxe um kit com saquinhos em sua mochila. “Já estávamos atentos ao que as pessoas estavam comentando na internet”, destacou.
Experiências adversas revelam a incerteza nas regras
A empresária Rafaela Molás, que fez várias viagens internacionais por Guarulhos e jamais havia encontrado essa fiscalização, se deparou com a cobrança após relatos de amigos. “No meio da confusão, acabei levando frascos de 100ml dentro de uma necessaire, e não houve problema. Mas isso gera uma insegurança que não faz sentido”, disse Rafaela.
Maria Eduarda Barros fez uma viagem para o Panamá e encontrou a situação mais complicada. Apesar de seguir a regra dos frascos de até 100ml, foi informada que os produtos só poderiam ser transportados dentro de um saco plásticos transparente. “Todo o meu investimento em produtos, que estavam lacrados, foi descartado. Fiquei extremamente desapontada com a falta de informação”, lamentou Maria Eduarda, que acabou optando por não pagar a taxa de despacho da mala de mão.
O papel das redes sociais na disseminação da informação
A confusão gerada em torno da cobrança dos saquinhos plásticos teve repercussão significativa nas redes sociais. Muitos influenciadores começaram a criar conteúdos mostrando a suposta “nova regra”, associando a fiscalização aos longos períodos de espera em filas. Esse feedback instantâneo trouxe à tona a preocupação entre quem pretendia viajar em breve.
Contudo, a administração do aeroporto, a GRU Airport, explica que as filas observadas recentemente estão relacionadas à instalação de novos equipamentos de segurança, adquiridos do TSA (Transport Security Administration) dos EUA, que não mudam as normativas de fiscalização dos líquidos. De acordo com a GRU Airport, o treinamento das equipes para operar esses novos dispositivos é parte do processo de atualização de segurança no terminal.
A importância da informação precisa para os viajantes
A situação reflete uma necessidade crescente de comunicação clara das autoridades aeroportuárias sobre as regras estabelecidas para o transporte de líquidos. Multiplicam-se as experiências de viajantes que se sentem despreparados devido à falta de informações prévias. Afinal, como confirmar se a regra está sendo aplicada corretamente ou se é uma mudança de última hora?
A GRU Airport também enfatiza que é importante que os viajantes estejam sempre atualizados sobre as normas de segurança e regulamentações de bagagem de mão. Pesquisas atentas e planejamento prévio podem evitar situações estressantes e prejuízos financeiros desnecessários.
Como o cenário de viagens está em constante mudança, passageiros são aconselhados a se informar através de fontes confiáveis, como os sites oficiais dos aeroportos e relevantes órgãos de aviação, para que suas experiências de viagem sejam mais tranquilas e seguras.
Com a ausência de uma comunicação clara, os desafios das viagens aéreas poderiam se agravar. Assim, é fundamental que tanto passageiros quanto administradores de aeroportos façam sua parte para garantir que as viagens aconteçam de forma eficiente e sem contratempos inesperados.