Os anos 90 foram o berço de uma revolução na animação Disney, consolidando uma era conhecida como a Renascença Disney. Entre sucessos como “A Bela e a Fera” e “O Rei Leão”, muitas histórias revelam desafios e escolhas criativas que moldaram esses clássicos. Conheça 50 fatos interessantes sobre esses filmes que conquistaram gerações.
O impacto da personagem Belle e o papel de Linda Woolverton
Linda Woolverton, roteirista de “A Bela e a Fera”, revelou ao Entertainment Weekly que ela e Howard Ashman lutaram para que Belle quebrasse o molde tradicional das princesas. “Queríamos uma heroína que amasse livros, que não fosse uma vítima e que não esperasse por um príncipe para resgatá-la”, afirmou Woolverton. Apesar de resistência, essa visão inovadora revolucionou o papel das princesas na Disney.
Vínculo entre voz e personagem em “A Bela e a Fera”
Paige O’Hara, que interpretou Belle, e Robby Benson, que deu voz à Fera, acreditavam que a química entre eles ajudou a criar uma conexão mais autêntica. Benson comentou ao Hollywood Reporter que gravaram suas falas juntos, uma prática incomum na época, proporcionando uma interação realista entre os personagens. Emma Watson, na versão live-action, perguntou ao príncipe se ele poderia crescer a barba, brincadeira que foi adiantada ao filme.
Premiação e reconhecimento de “A Bela e a Fera”
“A Bela e a Fera” foi a primeira animação a ser indicada ao Oscar de Melhor Filme, o que gerou opiniões divididas na indústria. Sally Field e Shirley MacLaine fizeram comentários irônicos na cerimônia, mas Angela Lansbury destacou a qualidade do filme, defendendo seu valor artístico e técnico.
“Toy Story” e as novidades da animação CGI
“Toy Story” foi o primeiro longa-metragem totalmente computação-animado, recebendo até um Prêmio Special Achievement da Academia. Os criadores, segundo Ed Catmull, eram “totalmente novatos”, e o uso de software novo limitou as formas orgânicas, deixando os brinquedos como protagonistas perfeitos para estrear a tecnologia.
Transformações de personagens e bastidores de produção
Woody inicialmente era um ventríloquo e bastante antipático, mas os animadores reverteram a personalidade para torná-lo mais palatável, segundo Ralph Eggleston. Em “Toy Story 2”, Hanks improvisou a cena em que Woody vê a coleção de merchandise, criando uma reação mais natural. Em 1998, um erro quase devastou o filme quando a equipe conseguiu recuperar arquivos deletados por um backup incompleto, uma verdadeira prova de sorte e dedicação.
The making of “Aladdin” e a genialidade de Robin Williams
Robin Williams foi definido como a voz ideal para o Gênio, com testes baseados em seus shows de stand-up. Ele improvisou cerca de 16 horas de diálogo, contribuindo decisivamente para a fama do personagem. Williams aceitou a vaga reduzindo seu cachê, que inicialmente era de US$ 8 milhões, e sua criação do personagem foi tão espontânea que gerou cerca de 40 vozes diferentes.
Design de personagens inspirado em estrelas
O visual de Aladdin foi inspirado em Tom Cruise, com uma postura confiante e atitude de quem sabe seu valor, conforme explicou o animador Glen Keane. Robin Williams também teve seus momentos de conflito com Disney, após sua participação, envolvendo questões contratuais e de uso de imagem para merchandising.
Desafios na produção de “O Rei Leão”
O episódio mais trabalh-intensive foi a cena da manada de gnus, que levou quase três anos para ser animada devido à combinação de computação gráfica e a delicadeza de não assustar o público infantil. Além disso, nomes como Nathan Lane e Ernie Sabella foram escolhidos para os papéis de Timon e Pumbaa, após negociações que envolveram até a troca de papéis na seleção.
Detalhes do elenco e processos de gravação
Partes do som de rugidos de leões eram de tigres ou produzidos por Frank Welker imitando rosnados em lata de metal. Matthew Broderick retornou como Simba em “O Rei Leão II”, enquanto Kovu, inicialmente, seria parente de Scar, mas o roteiro foi modificado para ampliar o apelo do filme.
Os bastidores de “Mulan” e sua narrativa original
O filme quase virou uma comédia romântica, com Mulan fugindo do pai por causa de um casamento planejado. A luta por manter a cultura chinesa autêntica envolveu até questões de conteúdo, como o famoso número “Huns” e a questão do nome do personagem Chi-Fu, cujos nomes eram de membros da equipe.
Aventura, cultura e inovações na produção de “Pocahontas”
Durante viagens a Paris, os artistas tiveram acesso irrestrito ao patrimônio da Disney, mas enfrentaram obstáculos internos, incluindo mudanças na história e o corte de personagens, por motivos de marketing ou receio de impacto no público. Ainda assim, a animação buscou explorar o respeito pela cultura indígena americana e suas histórias.
Curiosidades sobre “A Pequena Sereia” e influências
Robin Williams foi considerado para o papel de Eric, enquanto os desenhos do personagem do príncipe foram inspirados por Tom Cruise. A escolha inicial de nomes, funções e estilos de personagens revelou um cuidadoso processo de criação, muitas vezes influenciado por sugestões internas e referências do mundo real.
A magia por trás de “Tarzan” e suas inovações
Phil Collins compôs “You’ll Be in My Heart” durante uma festa de Natal, inspirando-se em um momento familiar. As cenas de Tarzan nas árvores foram baseadas nos movimentos de Tony Hawk, adaptando o esportista ao personagem. A produção também enfrentou dificuldades na animação de cenas de extrema autenticidade, levando a experiências inovadoras de captura de movimento.
Detalhes de “Hércules” e personagens inspiração
Hades foi originalmente pensado como um personagem mais sombrio, inspirado em atores como Jack Nicholson, mas se transformou em uma figura de humor. A criação de Meg, por sua vez, foi baseada em figuras clássicas de Hollywood, como Barbara Stanwyck, complementando o estilo de comédia e aventura do filme.
Dados finais e legado dos anos 90 na Disney
O sucesso de títulos como “A Bela e a Fera”, “O Rei Leão” e “Pocahontas” consolidou uma verdadeira revolução na animação mundial, com técnicas inovadoras, roteiros marcantes e personagens inesquecíveis. Essas histórias continuam a influenciar gerações e a definir uma era de ouro para o cinema de animação.
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