Na última audiência geral, realizada no dia 27 de agosto de 2025, o Papa Francisco se dirigiu a cerca de 15 mil pessoas que participaram do evento na Aula Paulo VI, na Basílica de São Pedro, e no Cortile Petriano. Em um momento que aborda a paixão de Cristo, ele enfatizou que a esperança cristã não deve ser vista como uma fuga, mas como uma decisão de amar, mesmo diante do sofrimento.
A mensagem do Papa sobre a esperança
Durante sua catequese, o Papa declarou: “Quando Jesus soube o que lhe aconteceria, não hesitou e, dirigindo-se a eles, disse: ‘A quem procurais?'” (João 18,4). O evangelista João descreve um Cristo que não recua durante sua prisão no Getsêmani. O Papa sublinhou que Jesus “se entregou, não por fraqueza, mas por amor”. Ele ressaltou que “um amor tão pleno e maduro não teme a rejeição”. Assim, o que temos aqui não é apenas a narrativa de um arresto, mas sim uma doação.
Francisco apontou que, em momentos de aparente desespero, Jesus demonstra que “a esperança cristã não é uma fuga, mas uma deliberação”. O Papa fez um apelo à comunidade internacional para que se busque o fim dos conflitos na Terra Santa, ressaltando que a paz deve ser uma prioridade. “Que as partes envolvidas cessem os combates e busquem o diálogo”, incentivou o Santo Padre.
A importância da ação amorosa
No Angelus, realizado na manhã do dia 24 de agosto, o Papa destacou que não basta realizar atos religiosos se isso não transforma o coração. “É preciso se esforçar para entrar pela porta estreita”, disse ele, referindo-se à passagem do Evangelho de Lucas (Lc 13,22-30). Ele explicou que essas palavras de Jesus servem para abalar a presunção de muitos que se julgam salvos apenas por praticarem a religião.
O Papa também exortou os fiéis a não julgarem aqueles que estão afastados da fé. Ele lembrou que “Jesus coloca em risco a segurança dos crentes”, sugerindo que a verdadeira fé deve ser um ato de amor que vai além de palavras e rituais. Após a oração do Angelus, Francisco fez uma menção especial à Ucrânia, unindo-se aos irmãos ucranianos que pedem pela paz em sua terra através da iniciativa “Prece Mundial pela Ucrânia”.
Reflexões sobre Santo Agostinho
A celebração da memória litúrgica de Santo Agostinho também ocupou parte dos discursos do Papa. Francisco lembrou que “a vida e o exemplo de Santo Agostinho nos recordam que cada um de nós recebeu de Deus dons e talentos”. Ele afirmou que a vocação de cada um e a verdadeira felicidade surgem quando servimos a Deus e aos outros com amor. Este é um chamado claro para que todos usem seus talentos em prol da comunidade.
O Papa ainda anunciou a inauguração oficial do “Borgo Laudato Si’” em Castel Gandolfo, programada para o dia 5 de setembro. Essa nova iniciativa busca promover a sustentabilidade e uma maior consciência ambiental, em linha com os ensinamentos da Encíclica “Laudato Si’”.
Conclusão e perspectivas futuras
A mensagem desta semana do Papa Francisco traz à tona reflexões profundamente relevantes sobre a fé em tempos difíceis. Ao enfatizar a esperança e a ação amorosa, ele instiga todos a reavaliarem suas posturas e a se unirem em prol de um mundo mais pacífico. O que resta é que a comunidade católica e todos os cidadãos da boa vontade se lembrem de que cada ato de amor, mesmo os mais simples, pode contribuir para transformar a realidade ao nosso redor.
Estamos ansiosos para ver os desdobramentos das mensagens e eventos que o Papa dirigirá nas próximas semanas, sempre buscando fortalecer a unidade e a paz entre os povos.
