O Botafogo enfrenta o Bragantino, hoje, com uma expectativa em alta para o técnico Davide Ancelotti. O foco está na dupla de volantes formada por Danilo e Marlon Freitas, que terão a oportunidade de mostrar que podem trabalhar bem juntos em campo. Desde a chegada de Danilo, ambos têm enfrentado dificuldades para se adaptar à nova dinâmica de jogo, algo que é fundamental para o desempenho da equipe nas competições nacionais.
Desafios na formação do meio-campo
Um dos grandes desafios que Ancelotti tem enfrentado é a falta de entrosamento entre os volantes. Com poucos treinos entre os jogos, a equipe técnica tem encontrado dificuldade em ajustar as funções de cada jogador durante as partidas. Danilo e Marlon Freitas já atuaram juntos em cinco partidas, mas iniciaram apenas três delas, o que representa 61% do tempo jogado com a dupla conectada. O treinador acredita que, com tempo e treino, a conexão entre eles pode ser aprimorada.
“Eles precisam de tempo, de treino. Estamos tentando encontrar o melhor encaixe dentro de campo, mas ter três jogos por semana dificulta essa evolução”, afirmou Ancelotti após um recente empate com o Vasco na Copa do Brasil.
A importância do entrosamento
O analista de desempenho Rodrigo Coutinho pontuou a possibilidade de Danilo e Marlon se complementarem no meio de campo. Ambos possuem qualidade e, apesar de estilos diferentes, a dinâmica entre eles pode ser benéfica para o Botafogo. “Um é destro e o outro canhoto. Isso ajuda a dividir o campo e criar jogadas articuladas”, explicou Coutinho. Essa versatilidade é um ponto positivo, pois permite que a equipe explore diferentes formas de ataque.
No entanto, a saída de bola da equipe tem sofrido com a falta de encaixe, e isso é exacerbado pela necessidade de improvisar um zagueiro canhoto na lateral direita. Essa adaptação tem interferido no plano de jogo de Ancelotti, que tradicionalmente utiliza uma linha de três defensores.
A dinâmica em campo
Recentemente, Marlon Freitas se viu em uma situação desconfortável durante a partida contra o Vasco. O capitão teve que recuar mais, focando na saída de bola enquanto Danilo atuou como um segundo volante. Consequentemente, Marlon perdeu parte de sua influência na construção das jogadas ofensivas.
Danilo, por ter uma capacidade maior de infiltração, se posicionou mais à frente, o que fez com que Marlon assumisse um papel mais de passador. Essa dinâmica não precisa ser fixa, e Coutinho sugere que a equipe poderia variar essas posições durante as partidas, permitindo uma maior fluidez na transição entre defesa e ataque.
O que esperar da dupla no futuro
Com a temporada se aproximando de sua fase decisiva, a manutenção da colaboração entre Danilo e Marlon se torna essencial para o Botafogo, principalmente em busca de um entrosamento mais efetivo. Embora outras opções de volantes no elenco tenham um perfil mais defensivo, como Newton e Allan, a esperança é que Ancelotti continue a buscar um equilíbrio em campo utilizando Danilo e Marlon.
A expectativa é que a dupla possa manter sua titularidade até o final do ano, aprimorando sua conexão e contribuindo para um desempenho mais forte da equipe. No jogo contra o Bragantino, ambos terão a chance de demonstrar que podem, de fato, atuar de forma complementar e transformar o meio-campo do Botafogo em um ponto forte da equipe.
Escalações previstas para o confronto
Botafogo: Neto; Vitinho, Kaio Pantaleão, David Ricardo e Marçal; Danilo, Marlon Freitas e Savarino; Artur, Álvaro Montoro e Arthur Cabral. Técnico: Davide Ancelotti.
Bragantino: Cleiton; Nathan Mendes, Gustavo Marques, Guzmán Rodríguez e Vanderlan; Gabriel, Eric Ramires e Jhon Jhon; Nacho Laquintana, Lucas Barbosa e Sasha. Técnico: Fernando Seabra.
Local: Estádio Nilton Santos.
Horário: 18h30.
Árbitro: Lucas Casagrande (PR).
Transmissão: Premiere e Rádio CBN.
