Brasil, 28 de agosto de 2025
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Última casa de Marilyn Monroe pode ser demolida na disputa judicial

Imóvel em Brentwood, onde a atriz passou seus últimos meses, enfrenta risco de destruição se não for revertida a sua designação como patrimônio histórico

A última residência de Marilyn Monroe, uma casa construída em estilo.hacienda espanhola em Brentwood, Los Angeles, pode ser demolida nesta semana, caso os proprietários não consigam na Justiça reverter sua classificação como patrimônio histórico. Parceleada em processos jurídicos, a propriedade, adquirida por Brinah Milstein e Roy Bank por US$ 8,35 milhões em 2023, continua gerando debates sobre preservação e interesses comerciais.

Disputa judicial ameaça a preservação do imóvel de Monroe

Depois de obter licença de demolição, preservacionistas convenceram a cidade de Los Angeles a designar a casa como monumento cultural, impedindo sua destruição. Segundo o advogado do casal, Peter Sheridan, eles planejaram integrar o terreno ao lote vizinho para “melhorar a propriedade”. Sheridan questiona se cada residência de celebridade deve ser considerada um monumento, argumentando que há milhares de celebridades vivendo na cidade.

Por sua importância histórica, a casa foi uma das últimas moradias de Monroe, que ali viveu por aproximadamente seis meses antes de sua morte aos 36 anos. Ela comprou o imóvel por US$ 75 mil, o que na época representou sua primeira aquisição imobiliária sozinha após os matrimonios com Joe DiMaggio e Arthur Miller. Uma inscrição em azulejo na porta, com a frase em latim “Cursum Perficio” (“A jornada termina aqui”), remete ao seu curto e atribulado período de vida ali.

História e valor cultural da residência de Marilyn Monroe

Construída originalmente em 1929, a residência de dois quartos e dois banheiros possui estilo espanhol e foi projetada por um arquiteto desconhecido. Destaca-se por ser a única casa que Monroe possuía sozinha, símbolo de sua independência. Por décadas, o imóvel foi palco de histórias marcantes de sua carreira, incluindo sua participação em eventos históricos e sessões de fotos que marcaram sua imagem.

De acordo com Heather Goers, preservacionista responsável por um relatório para a Comissão de Patrimônio Cultural de Los Angeles, poucos imóveis dedicados à história de mulheres estão entre as propriedades tombadas na cidade. “Se não podemos preservar a história de Marilyn Monroe, o que isso nos diz?”, questiona.

Durante sua estadia na casa, Monroe foi celebrada, recebeu prêmios e participou de eventos emblemáticos. Fotografias do local, tiradas pelo legista após sua overdose, mostram o exterior da casa quase intacto. Além de seu valor sentimental, a residência revelou detalhes intimistas da vida da atriz, como cartas, cheques e objetos pessoais.

Controvérsia e interesses comerciais

A relação entre o valor histórico e os interesses imobiliários é o centro do conflito atual. Os atuais proprietários alegam que a cidade teria conspirado com operadores de turismo e grupos de preservação para impedir demolição, violando seus direitos. Já as autoridades justificam o procedimento argumentando a relevância do imóvel na história de Hollywood.

Os advogados da cidade reforçam que todas as ações seguiram os procedimentos legais, incluindo a coleta de provas de sua importância cultural. A Procuradora de Los Angeles, Hydee Feldstein Soto, afirmou que a discordância não é suficiente para anular as ações municipais.

Perspectivas futuras e impacto cultural

Se a decisão judicial não for revertida, o imóvel será demolido, apagando um símbolo que conecta o passado histórico e cultural de Hollywood à memória de Marilyn Monroe. Especialistas destacam que o local representa um legado de uma artista que influenciou gerações e cuja influência se estende além de suas atuações, simbolizando um século XXI ainda fascinando pelo seu mito e tragédia.

Para Andrew Salimian, diretor de advocacia do Los Angeles Conservancy, a preservação do imóvel é fundamental para contar sua história. Como ressaltou Goers, menos de 3% das propriedades históricas de Los Angeles são relacionadas a mulheres, destacando a importância de se manter viva a memória de Monroe.

Mais detalhes sobre o caso podem ser acompanhados no fonte do Globo.

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