No terceiro dia do novo ano letivo, a comunidade da Igreja Católica Anunciation, em Minneapolis, se reunia em um culto quando um tiroteio devastador interrompeu a solenidade. Ouvindo um salmo reflexivo sobre a luz que prevalece sobre a escuridão, cerca de 200 alunos, professores e pais foram surpreendidos por uma chuva de balas que atravessou janelas da igreja. A tragédia resultou na morte de duas crianças e deixou mais de dez feridos.
Momentos de terror na escola católica
O culto transformou-se em um pânico absoluto quando os disparos começaram. A ordem para “todos se agacharem” ecoou entre os presentes enquanto crianças se escondiam sob bancos e atrás de barreiras improvisadas. A estudante Chloe Francoual, de sexta série, descreveu como deixou uma colega para trás na corrida para escapar, enquanto se trancava em uma sala ao lado de uma mesa barrada. A intensidade do ataque fez com que várias crianças temessem por suas vidas.
Relatos de moradores próximos indicam que o tiroteio durou vários minutos, com muitos mencionando até 50 disparos. O trágico evento culminou na morte de duas crianças, uma de 8 anos e outra de 10 anos, enquanto outros 17 ficaram feridos, incluindo crianças de apenas 6 anos e paroquianos idosos.
Identificação do suspeito e suas motivações
A polícia anunciou que o suspeito, Robin Westman, de 23 anos, foi encontrado morto por suicídio atrás da igreja. de acordo com o chefe de polícia de Minneapolis, Brian O’Hara. Westman era um ex-aluno e membro da igreja, e sua mãe havia trabalhado para a paróquia. Até o momento, não se sabe quais foram suas motivações.
Uma comunidade arraigada abalada pela violência
A comunidade da escola, que possui um histórico próximo e familiar, ficou em choque com a tragédia. Ouvindo os sinos da igreja tocando, muitos se perguntaram “por que agora?” enquanto se reuniam para prestar homenagem às vítimas. Entre os que buscavam consolo, a estudante Aubrey Pannhoff, de 16 anos, refletiu sobre a dor da perda de crianças inocentes.
Durante uma vigília que ocorreu em Lynnhurst Park, o Arcebispo Bernard Hebda se dirigiu a uma multidão de aproximadamente 2.000 pessoas, pedindo união e força em tempos de incerteza. Ele fez referência ao Salmo que expressa a dor e o abandono, reafirmando que momentos como esse requerem coragem e esperança, especialmente em comunidades onde todos se conhecem.
Um ato heroico em meio à calamidade
Uma das histórias que brotou entre as horrendas notícias surgiu do aluno Weston Halsne. Ele contou aos repórteres como um amigo, Victor, se jogou sobre ele para protegê-lo dos disparos, exemplificando um ato de coragem em meio ao pânico. “Ele é muito corajoso, e espero que ele fique bem no hospital”, disse Weston, sendo recebido em um abraço emocionado por sua mãe após o incidente.
De acordo com as autoridades, todos os feridos, incluindo 14 crianças de idades variando de 6 a 15 anos, estão em estado estável e devem se recuperar.
A resposta da comunidade e a busca por respostas
Enquanto muitos fogem do trauma, a comunidade se une para superar a dor, com pais apoiando uns aos outros e autoridades locais trabalhando incansavelmente para entender como um evento tão terrível pode acontecer dentro de suas comunidades seguras e acolhedoras. A tragédia não só deixou marcas nas vítimas diretas, mas ressoou em toda a cidade, repleta de sentimentos mistos de dor, perda e solidariedade.
À medida que se realizam as vigílias e orações em busca de paz e cura, a busca por respostas sobre os eventos trágicos continua, enquanto a comunidade de Minneapolis se une para enfrentar uma nova realidade marcada pela tristeza e pela tragédia.
