A repórter Angélica Gomes, da TV Vila Real, afiliada da Record em Cuiabá, passou por um momento de tensão e violência ao ser agredida por um policial militar durante a cobertura de um acidente de trânsito em frente a um motel local. O incidente, que já está sendo investigado, levanta questões preocupantes sobre a segurança dos jornalistas em situações delicadas.
Detalhes do incidente
O ocorrido se deu quando Angélica e sua equipe estavam apurando os fatos de um acidente em que o policial, que não teve sua identidade revelada, se envolveu. Durante a filmagem e entrevista no local, o policial demonstrou comportamento alterado e, de maneira inesperada, partiu para cima da equipe de reportagem, agredindo a repórter com um soco no rosto e danificando o equipamento de filmagem.
“Ele veio para cima da equipe, bateu na câmera, quebrando-a, e em seguida desferiu um soco no meu rosto. A situação foi controlada, mas estou indo para a delegacia registrar um boletim de ocorrência e farei um exame de corpo de delito, pois pretendo representar contra esse policial”, relatou Angélica, visivelmente abalada, após a agressão.
Justificativa do agressor
Após a agressão, o policial foi detido e levado à delegacia para prestar esclarecimentos. Em seu depoimento, ele justificou suas ações alegando ter problemas psicológicos e ainda afirmou que, se estivesse armado no momento, poderia ter utilizado sua arma contra as vítimas do acidente. Essa declaração chegou a chocar os presentes na delegacia e levanta questionamentos sobre o perfil psicológico de agentes de segurança pública.
Reação da Record
A emissora Record emitiu uma nota oficial repudiando a agressão sofrida por Angélica Gomes. No comunicado, a emissora expressou: “Este incidente destaca preocupações sobre comportamentos violentos por parte daqueles encarregados da segurança pública e reforça a importância da proteção dos profissionais da imprensa durante seu trabalho diário. A comunidade expressa solidariedade à repórter agredida neste lamentável evento.”
Impacto sobre a liberdade de imprensa
Este episódio não é isolado e se insere em um cenário mais amplo de preocupações com a liberdade de imprensa e a segurança dos jornalistas no Brasil. Casos de agressões e intimidações contra profissionais da comunicação têm sido uma crescente onda de preocupação no país, destacando a necessidade urgente de medidas efetivas para garantir a segurança desses trabalhadores.
O que esperar a seguir?
Enquanto o policial aguarda as consequências legais de suas ações, Angélica Gomes promete seguir em frente com as denúncias e buscar justiça. Além disso, espera-se um maior diálogo e responsabilização de autoridades sobre a conduta de policiais e outros agentes de segurança para que situações como esta não se repitam. A profissão de jornalista, sendo essencial para uma sociedade informada, merece respeito e proteção, em especial em momentos críticos como o reportado.
Para os profissionais da mídia, mais que matizes de uma simples notícia, essa história é um apelo por segurança, ética e respeito aos direitos humanos. A lutar por um ambiente seguro de trabalho não é apenas um direito, mas uma necessidade premente para a boa prática do jornalismo, que serve a função de informar e educar a sociedade.