Brasil, 28 de agosto de 2025
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PF realiza megaoperação contra crime organizado no setor de combustíveis

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da Reag, em São Paulo, em investigação sobre vínculos com o PCC e fraudes fiscais

Nesta quinta-feira (28), a Polícia Federal realizou uma grande operação na sede da Reag, uma das maiores gestoras independentes do Brasil, localizada na Avenida Faria Lima, em São Paulo. A ação investiga supostas ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC), além de ações ilícitas no setor de combustíveis.

Operação da Polícia Federal contra crime organizado no setor de combustíveis

A chamada Operação Carbono Oculto é considerada a maior na história do Brasil contra o crime organizado no setor de combustíveis, envolvendo cerca de 1.400 agentes que atuam em oito estados. As autoridades cumpriram mandados de busca, apreensão e prisão em São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

A investigação aponta que o esquema criminoso envolvia irregularidades na produção e distribuição de combustíveis, incluindo a importação ilegal de produtos químicos para adulterar o álcool, o que impacta aproximadamente 30% dos postos de São Paulo — cerca de 2.500 estabelecimentos. Os delinquentes também sonegavam mais de R$ 7,6 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais, segundo a Fazenda de São Paulo.

Impacto na economia e no mercado financeiro

Já sinalizando o impacto da operação, as ações da Reag, listada na B3 sob o código REAG3, despencaram 17,5% no início do pregão. A empresa confirmou oficialmente que é alvo de investigação, em fato relevante publicado nesta manhã: “Trata-se de procedimento investigativo em curso”.

A Reag Investimentos é reconhecida por sua independência, sem vínculos com bancos, e administra atualmente R$ 299 bilhões, sendo a primeira gestora de Wealth Management a estar listada na bolsa brasileira. A ação do mercado reflete a preocupação dos investidores com os desdobramentos do caso.

Conexões com o crime organizado e consequências

As investigações indicam que o PCC agia na importação e adulteração de combustíveis, além de controlar cerca de 40 fundos de investimento no país com um patrimônio superior a R$ 30 bilhões, de acordo com a Receita Federal. A operação também revelou a atuação em todo o setor de produção de cana-de-açúcar, obrigando empresários a venderem propriedades, conforme levantamento do Ministério Público.

Segundo especialistas, o avanço da polícia nessa operação demonstra o esforço do governo e das forças de segurança para desmantelar uma rede criminosa bilionária que prejudica consumidores e compromete toda a cadeia econômica relacionada ao combustível.

Perspectivas futuras e próximos passos

Os órgãos de fiscalização e o Ministério Público afirmam que novas etapas da investigação devem acontecer nos próximos meses, ampliando o desmantelamento do esquema. A operação reforça o combate ao crime organizado no Brasil, especialmente em setores estratégicos e sensíveis à economia nacional.

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