Brasil, 28 de agosto de 2025
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Objeto interestelar 3I/ATLAS revela mistérios e anomalias químicas

Estudo aponta que 3I/ATLAS emite níquel sem ferro, sugerindo origem industrial ou tecnológica.

Um objeto interestelar em alta velocidade, conhecido como 3I/ATLAS, foi observado disparando uma pluma de níquel, apresentando uma anomalia nunca antes vista em cometas naturais. A descoberta realizada pelo Very Large Telescope (VLT) no Chile levanta questionamentos sobre a origem deste fenômeno, que pode indicar processos industriais ou tecnológicos.

A descoberta surpreendente do VLT

Os cientistas do VLT detectaram que o 3I/ATLAS está expelindo níquel a uma taxa de aproximadamente cinco gramas por segundo, além de liberar cianeto a 20 gramas por segundo. O curioso é que, ao contrário dos cometas naturais, que sempre emitem níquel juntamente com ferro, o 3I/ATLAS não apresenta qualquer vestígio de ferro associado.

O físico da Universidade de Harvard, Avi Loeb, chamou a atenção para essa anomalia em um estudo recente que sugere que a formação química do níquel pode ocorrer por meio do canal do carbonilo de níquel, um processo extremamente raro entre cometas, mas comum na refinação industrial de níquel. “Essa anomalia pode ser um indício de uma origem tecnológica para o 3I/ATLAS?”, indagou Loeb em seu blog.

Comportamento incomum de 3I/ATLAS

As emissões de níquel e cianeto do 3I/ATLAS aumentam significativamente à medida que o objeto se aproxima do sol, contrastando com o degaseamento gradual observado em cometas tradicionais, que normalmente são ricos em água e emitindo gases como água, monóxido de carbono e dióxido de carbono.

Estudos recentes também mostraram que a pluma de gás do 3I/ATLAS é dominada por dióxido de carbono, apresentando apenas cinco por cento de água, o que o torna diferente da maioria dos cometas conhecidos, cuja luminosidade geralmente provém da nuvem de poeira ao seu redor, e não de um núcleo sólido.

Implicações das novas descobertas

Novas observações feitas por telescópios como o SPHEREx e o James Webb mostraram que o 3I/ATLAS é muito menor do que se pensava inicialmente, com um tamanho mais próximo de 2,7 quilômetros de comprimento, em vez de 19 quilômetros. Essa discrepância sugere que o núcleo é menor e que uma densa coma de poeira poderia estar refletindo a luz solar.

Loeb ressaltou que observações anteriores feitas pelo Telescópio Espacial Hubble não conseguiram identificar uma cauda cometária, uma característica típica de objetos desse tipo, levantando ainda mais questões sobre a verdadeira natureza do 3I/ATLAS.

Teorias alternativas e debates na comunidade científica

Desde que foi identificado em julho de 2025, o 3I/ATLAS tem sido um mistério total e atraiu a atenção da comunidade científica. Algumas teorias, que sugerem que o objeto pode ser uma nave artificial desenvolvida por uma civilização extraterrestre, foram levantadas, mas têm sido rapidamente descreditadas por muitos cientistas, como o astrônomo Chris Lintott, que considera tais hipóteses como “nonsense em palafitas”.

De qualquer forma, o estudo das características únicas do 3I/ATLAS já demonstrou ser um campo fértil para debates e pesquisas. As indagações sobre a origem do níquel e cianeto, além das suas emissões em um padrão anômalo, continuam a instigar curiosidade e especulação entre pesquisadores e entusiastas da astronomia.

À medida que o 3I/ATLAS se aproxima do sol, mais informações podem ser reveladas, permitindo uma compreensão mais profunda sobre a natureza dos objetos interestelares e os processos cósmicos que regem nosso universo.

O mistério do 3I/ATLAS continua, mas com pesquisas contínuas e novas tecnologias, talvez possamos desvendar suas enigmáticas origens e o que ele pode nos ensinar sobre as possibilidades da vida e da tecnologia além da Terra.

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