O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou nesta quarta-feira (27) que não está convencido de que Vladimir Putin esteja realmente disposto a acabar com a guerra na Ucrânia. A declaração ocorre após um momento de conspiração entre Donald Trump e o presidente dos Estados Unidos, na qual Trump revelou que Putin estaria disposto a fazer um acordo para encerrar o conflito, em conversa captada por um microfone aberto na semana passada.
Reação de Macron e o clima de tensão na diplomacia
Durante entrevista à NBC, Macron comentou sobre a confiança de Trump na possibilidade de negociação com Putin. “Seu presidente, de fato, está muito confiante quanto à sua capacidade de concretizar esse acordo, o que é uma boa notícia para todos nós,” afirmou Macron.
No entanto, o líder francês manifestou dúvidas sobre as intenções do presidente russo. “Quando análiso a situação e os fatos, não vejo o presidente Putin realmente disposto a buscar a paz agora. Talvez eu seja muito pessimista,” acrescentou Macron. Para ele, pressionar a Rússia será fundamental neste momento para forçar uma saída diplomática.
Contexto internacional e apoio à Ucrânia
Após a reunião entre Trump e Putin em Anchorage, Alasca, líderes europeus, incluindo o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, deslocaram-se a Washington, D.C., para mostrar união em defesa da Ucrânia e evitar pressões que possam favorecer uma negociação que recompense a agressão russa.
Donald Trump, por sua vez, afirmou, ao lado de Zelenskyy na Casa Branca, que tanto ele quanto Putin desejam o fim do conflito. “Este senhor quer que acabe, e Vladimir Putin também quer que termine,” declarou Trump. “Acho que o mundo todo está cansado e nós vamos acabar com isso,” completou.
Perspectivas e desafios futuros
Macron destacou que, apesar do otimismo de Trump, a paz só será alcançada se a Rússia sentir que não há alternativa. “Enquanto o presidente Putin e seu círculo acharem que podem vencer a guerra por força, eles não vão negociar,” afirmou, sinalizando que a pressão internacional continuará aumentada para forçar uma saída diplomática.
A situação permanece delicada, com a comunidade internacional atenta aos próximos passos e realizações no campo diplomático, enquanto a guerra na Ucrânia continua a cobrar um alto preço humanitário e político.
Esta matéria foi originalmente publicada no HuffPost.