Brasil, 28 de agosto de 2025
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Lula critica ausência de diálogo com Donald Trump

O presidente Lula expressa sua posição sobre a falta de negociação com os EUA, enfatizando sua dignidade e a falta de vontade americana.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou, nesta quinta-feira (28/8), sobre a ausência de diálogo direto com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Em uma entrevista à TV Record de Minas Gerais, Lula afirmou que não pretende “mendigar” uma conversa com o republicano, ressaltando que “um homem que tem dignidade não rasteja para outro”. Estas declarações ocorrem em um contexto de crescente tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos.

A postura de Lula frente a Trump

Lula deixou claro que está disposto a conversar com Trump quando o presidente norte-americano decidir. “O dia que o Trump quiser, eu estarei pronto para conversar. Mas ele nem carta para mim mandou”, comentou Lula, apontando sua disposição, mas também sua autoconfiança. O petista reforçou que não se rebaixará ao ponto de “mendigar” uma conversa.

“Um homem que anda de cabeça erguida, tem dignidade, não rasteja diante de outro homem. Na hora que ele quiser, o ‘Lulinha paz e amor’ está pronto para conversar”, finalizou Lula.

A tensão comercial entre Brasil e EUA

Esse confronto verbal entre os presidentes ocorre em meio a um clima de tensão comercial, intensificado pelo “tarifaço” anunciado por Trump. Em 31 de julho, o presidente norte-americano assinou uma ordem executiva que oficializou a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA. Essa medida é composta por uma alíquota de 10% que já havia sido anunciada anteriormente, somada a 40% adicionais.

  • O tarifaço começou a valer em 6 de agosto.
  • Trump deixou quase 700 produtos fora da lista de itens afetados pela sobretaxa, como suco de laranja, aeronaves, castanhas, petróleo e minérios de ferro. Os produtos que ficaram isentos serão, portanto, apenas afetados pela taxa de 10%.

Desinteresse americano em negociar

Lula também criticou a falta de interesse do governo americano em dialogar e negociar. Ele ressaltou que, apesar de contar com ministros de destaque em sua equipe, como Geraldo Alckmin (Indústria, Comércio e Serviços), Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Vieira (Relações Exteriores), não houve sinalização por parte de Washington.

“Ninguém pode dizer que eu não quero negociar, o problema é que os americanos não querem. Tenho três ministros tops para isso, mas ninguém de lá quer conversar. Porque o presidente americano se acha dono do planeta”, concluiu Lula, evidenciando a frustração e a dificuldade nas relações internacionais.

Impacto das tarifas sobre o Brasil

A imposição das tarifas de Trump traz preocupações significativas para a economia brasileira, uma vez que os Estados Unidos são um importante parceiro comercial do Brasil. O aumento dos custos sobre produtos brasileiros pode afetar a competitividade no mercado norte-americano e, potencialmente, levar a uma escalada nas tensões comerciais entre os dois países.

Diante deste cenário, as declarações de Lula ressaltam uma tentativa de reafirmar a posição do Brasil em um momento delicado nas relações internacionais. A dificuldade em estabelecer diálogos pode ter repercussões não apenas comerciais, mas também políticas e sociais, reforçando a importância de um posicionamento firme e digno nas disputas globais.

À medida que as negociações com os Estados Unidos permanecem estagnadas, a expectativa é de que o governo brasileiro busque alternativas para diversificar seus mercados e mitigar o impacto das tarifas sobre a economia nacional.

A situação exige atenção às políticas externas e à economia interna do país, evidenciando que, diante das adversidades, manter a dignidade pode ser um recurso tão valioso quanto as negociações em si.

Para mais informações, confira o artigo completo no Metrópoles.

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