Na semana passada, a atriz e ativista Laverne Cox compartilhou em seu Instagram detalhes sobre seu relacionamento de quatro anos com um policial de Nova York que vota na linha do Partido Republicano, conhecido por apoiar o movimento MAGA. A revelação ocorreu durante a divulgação de sua próxima apresentação na City Winery, intitulada “Gurrl How Did I Get Here?,” na qual conta episódios marcantes de sua vida, incluindo essa relação.
Política e amor: um terreno desafiador
Durante o vídeo de quase 55 minutos, Cox explicou que o relacionamento começou durante a pandemia, quando ele tinha 26 anos e ela, 48. Ela afirmou que, apesar de terem visões políticas diferentes — ele, um republicano MAGA, e ela, uma ativista progressista —, seu vínculo era baseado no amor e na admiração mútua. “Eu não desenvolvi essas políticas. Ainda tenho minhas próprias opiniões,” afirmou. Cox também elogiou o ex-namorido, chamando-o de “hot”, e provocou os fãs ao sugerir que poderiam ouvir mais na sua apresentação.
Reações e defesas
Ao publicar o trecho do vídeo no Instagram, Cox enfrentou comentários críticos, muitos dos quais questionaram a compatibilidade de um relacionamento assim, considerando as posições extremadas do ex-namorado. Rapidamente, ela voltou às redes sociais para esclarecer sua postura. “Eu dizia a verdade, estava contando a história do relacionamento na minha turnê, não pensando na reação. Eu não fazia política com ele, apenas vivíamos juntos,” explicou Cox.
Valores e empatia acima de diferenças
Ela reforçou sua posição, dizendo que as relações podem coexistir apesar de visões distintas: “Fascismo não condiz com meus valores. Sempre desafiei com amor, empatia e fatos. O relacionamento tinha qualidades tão boas que valia a pena trabalhar com nossas diferenças políticas,” afirmou. Apesar do apoio ao movimento anti-fascista, Cox explicou que não adotou as visões do ex. “Ele votava em Trump, mas isso não define quem ele é como pessoa,” declarou.
Contexto político e decisões pessoais
Durante a narrativa, Cox revelou que, ao longo do relacionamento, ela evitou falar sobre questões trans, focando na relação pessoal. Quando os protestos estavam no auge nas campanhas eleitorais, ela preocupou-se com planos do governo Trump que poderiam afetar direitos de pessoas trans, como a assistência de saúde de gênero. “Ele não tinha ideia dessas políticas, e foi uma surpresa para ele,” disse Cox, ressaltando que o ex-namorado era “um eleitor com pouca informação”.
Implicações e próximos passos
Apesar das críticas, Cox afirmou que manter essa relação foi uma experiência de aprendizado e que ela, atualmente, se identifica como indecisa, tendo votado no democrático Bernie Sanders em 2020, após uma mudança na filiação partidária. Ela enfatizou: “Nunca votei em Trump, mas também não dehumanizo pessoas com opiniões diferentes. Meu ex foi um homem com qualidades humanas admiráveis, mesmo com visões políticas distintas.”
A artista declarou que sua história demonstra a complexidade do amor em tempos de polarização e reforça a importância de diálogo e empatia, mesmo diante de diferenças profundas.