Brasil, 28 de agosto de 2025
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Kristi Noem anuncia plano de pintar a parede da fronteira de preto; internautas detonam

Secretária de Segurança Nacional revela que a ideia de pintar a muralha de preto foi solicitada por Trump, gerando reação intensa nas redes sociais

Nesta terça-feira, em Santa Teresa, Novo México, a secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, anunciou um polêmico projeto: pintar a muralha da fronteira sul de preto para dificultar tentativas de entrada irregular. A medida, segundo ela, foi solicitada pelo ex-presidente Donald Trump, com o objetivo de aumentar a eficiência da barreira física, que já tem altura de quase três metros e profundidade na base.

Saiba mais sobre a proposta de pintar a muralha de preto na fronteira

Noem afirmou que a iniciativa busca tornar a parede ainda mais resistente e difícil de escalar ou cavar por baixo. “A parede é alta, o que a torna quase impossível de escalada, e também se estende profundamente no solo, dificultando que alguém escave por baixo”, explicou a secretária. Ela destacou que a pintura de preto, além de aumentar a absorção de calor, contribuiria para dissuadir tentativas de invasão, pois a torna mais quente ao toque.

Ela também revelou que a ação faz parte de um esforço maior de modernização, que já recebeu cerca de R$ 46,5 bilhões no orçamento, conforme relatório da CNN. Os valores prevêm manutenção e novas obras na fronteira, embora o custo exato da pintura não tenha sido mencionado oficialmente. A ideia de pintar algumas seções de preto não é nova e já foi debatida durante o primeiro mandato de Trump, que chegou a ordenar testes na cor da muralha, estimando custos de aproximadamente US$ 1,2 milhão por milha em 2020.

Reações e críticas nas redes sociais

O anúncio gerou uma enxurrada de comentários irônicos e severos na internet. Usuários do Reddit e do Twitter criticaram duramente a medida, satirizando-a como um exemplo de “gestão absurda”. Um internauta escreveu: “Eles sabem que não tem sol à noite, né?”, enquanto outro afirmou: “Essa turma governa com a maior burrice de todos os tempos.”

Outros comentários zombaram do custo elevado: “Projetar pintar 2.100 quilômetros de muro de preto, por cerca de US$ 2,7 bilhões, enquanto cortam fundos de benefícios sociais. Uma verdadeira obra de surrealismo.” Além disso, houve quem brincasse que a ideia de pintar a muralha de preto é uma tentativa de transformar o projeto numa piada de Wile E. Coyote, o personagem dos desenhos animados que sempre se dá mal.

Custos, detalhes e o que dizem os especialistas

Segundo reportagens, o custo de pintar toda a fronteira de 1.300 milhas (aproximadamente 2.090 km) poderia chegar a cerca de US$ 2,7 bilhões, valor que se soma aos bilhões já investidos na construção e manutenção da muralha. Apesar do elevado investimento, o Congresso desviou financiamento de benefícios sociais para a obra, reforçando a crítica de que o projeto é mais uma questão de simbolismo do que de efetividade.

Especialistas afirmam que a medida é mais um capítulo do espetáculo político do que uma solução eficiente. “A pintura da muralha de preto não altera a infraestrutura de forma significativa e custa bilhões de dólares, que poderiam ser utilizados em outras ações de segurança e desenvolvimento na fronteira”, aponta o analista político João Pereira.

Perspectivas futuras e impacto na política

Embora o governo destaque a iniciativa como uma estratégia inovadora, a verdade é que ela reforça o clima de experimentos sem base técnica clara, alimentando debates sobre prioridades no orçamento federal. O projeto de pintura ainda não possui uma previsão concreta de execução nem orçamento detalhado, mas já provoca debates acalorados na sociedade americana.

Enquanto isso, a questão da fronteira permanece polarizada, com grupos defendendo a intensificação do controle e outros criticando os custos e a falta de foco em políticas sociais mais urgentes. Resta saber se a nova tinta preta trará qualquer mudança real no fluxo migratório ou se servirá apenas como mais uma demonstração de decisões que parecem mais motivadas por figuras públicas do que por eficiência governamental.

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