Brasil, 28 de agosto de 2025
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Gleisi Hoffmann intensifica articulações no Congresso para aprovar MPs

A ministra busca destravar medidas prioritárias do governo Lula, incluindo isenção do Imposto de Renda.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, tem se empenhado em articular com o Congresso Nacional a aprovação de medidas provisórias (MPs) e projetos considerados de alta prioridade pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O foco das negociações converge para a ampliação da isenção do Imposto de Renda, um compromisso de campanha de Lula que visa beneficiar a classe média e aliviar a carga tributária sobre os trabalhadores.

Prioridades do governo

Entre as propostas em discussão, destaca-se o projeto de lei que amplia a isenção do Imposto de Renda para cidadãos que recebem até R$ 5 mil mensais. Na semana anterior, a Câmara dos Deputados já havia aprovado o regime de urgência para esta proposta, permitindo que a votação ocorra diretamente no plenário. Essa aceleração do processo legislativo reflete a necessidade do governo de atender às demandas populares e reverter sua atual impopularidade.

No entanto, o caminho para a aprovação das MPs é repleto de desafios, principalmente devido ao cenário político atual. O partido União, que detém ministérios estratégicos, como os de Turismo, Integração Nacional e Comunicações, está em meio a discussões sobre a possível expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, acumulando tensões que podem afetar a base governista e o apoio necessário para as ações propostas por Gleisi.

Dificuldades políticas

O presidente do União, Antonio Rueda, tem feito críticas públicas à postura do governo, o que se reflete na insatisfação com a liderança de Lula. Essa situação ressalta a fragilidade da coalizão e a necessidade de uma articulação eficaz por parte da ministra para evitar que desavenças dentro da base dificultem ainda mais a tramitação das MPs.

Propostas do setor elétrico

Além das questões fiscais, o governo também está trabalhando na reforma do setor elétrico, com uma medida provisória que visa ampliar a Tarifa Social de Energia. Essa MP pretende oferecer gratuidade na conta de luz para famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico. O texto tem como objetivo abrir o mercado de energia elétrica para que consumidores residenciais e pequenas empresas possam escolher seus fornecedores, promovendo um ambiente mais competitivo e justo.

Benefícios da reforma elétrica

  • Famílias inscritas no CadÚnico com renda de até meio salário mínimo terão a conta de luz zerada.
  • A proposta pode beneficiar até 17 milhões de famílias, trazendo alívio significativo para os mais vulneráveis financeiramente.
  • Os pequenos negócios também poderão escolher seus fornecedores de energia, aumentando a competição no setor.
  • A proposta inclui a criação de subsídios para a tarifa de irrigação e aquicultura com concessão em horários específicos de fornecimento de energia.

A MP de reforma elétrica foi enviada ao Congresso em maio e precisa ser aprovada até setembro para não perder validade. O senador Eduardo Braga, presidente da comissão responsável pela análise, expressou a expectativa de apresentar uma versão mais simplificada e eficiente do texto antes do prazo limite.

A “MP BBB” e outras inovações

Por outro lado, a chamada “MP BBB”, que propõe taxar bilionários, instituições financeiras e plataformas de apostas, é uma das grandes apostas do governo para promover justiça social. O PT defende que essas medidas são necessárias para que os que mais têm contribuam de maneira mais justa com os impostos, aliviando a carga sobre as classes mais baixas.

“O governo busca garantir que quem sempre pagou pouco ou quase nada em impostos, como os super-ricos e os bancos, contribua mais para o bem comum”, afirma um dos comunicados do partido nas redes sociais.

Entretanto, essa proposta enfrenta resistência no Congresso e ainda está em fase inicial de tramitação, o que indica que o governo terá que trabalhar arduamente para garantir sua aprovação.

O esforço da ministra Gleisi Hoffmann reflete não apenas uma estratégia política, mas também uma necessidade urgente de respostas às preocupações da população brasileira. A capacidade de articulação do governo nos próximos dias será crucial para determinar quais dessas medidas poderão, de fato, se tornar realidade e representar um avanço significativo na agenda política do país.

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