Brasil, 28 de agosto de 2025
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Fraude com combustíveis revela riscos do uso de metanol em veículos

Operação revelada pelo governo aponta o PCC como responsável por adulterar gasolina e etanol com metanol, colocando em risco os carros dos consumidores

Uma grande operação de fiscalização, conduzida nas últimas semanas, revelou uma tentativa de adulteração de combustíveis envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo informações oficiais, o grupo estaria responsável por inserir metanol na gasolina e no etanol comercializados ilegalmente, o que pode causar graves danos aos veículos.

Perigos do metanol na combustão veicular

Especialistas ouvidos pelo g1 alertam que o uso de metanol como adulterante apresenta riscos severos à saúde dos veículos. “O principal problema é a corrosão das peças que entram em contato direto com o produto”, explica Carlos Alberto, mecânico com mais de 20 anos de experiência. O metanol pode danificar componentes como válvulas, injetores e sensores, levando a falhas no motor e, em alguns casos, à necessidade de substituição de peças.

A adulteração, além de prejudicar a durabilidade dos veículos, compromete a eficiência do combustível, podendo gerar aumento no consumo e menores níveis de desempenho. Em situações extremas, o uso de metanol pode causar incêndios e outros acidentes, devido às propriedades químicas do produto.

Riscos para consumidores e o mercado

Segundo dados do Departamento de Polícia Rodoviária Federal (PRF), a adulteração de combustíveis aumentou nos últimos meses, impulsionada pelo aumento do consumo de combustíveis ilegais nas regiões metropolitanas. O uso de metanol, mais barato do que a gasolina ou o etanol regulamentados, tem motivado uma crise de segurança veicular e de saúde pública.

A reportagem do g1 ressalta que a ingestão ou a inalação do metanol também pode ser extremamente perigosa para os trabalhadores envolvidos na manipulação e distribuição desses produtos ilegais. “O metanol é tóxico e pode causar cegueira, danos irreversíveis ao sistema nervoso central e até a morte”, alerta o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Atualizações e medidas de combate

A Polícia Federal e o órgão de fiscalização de combustíveis continuam as investigações para identificar todas as rotas de distribuição do metanol adulterado e prender os responsáveis. A operação results em apreensão de cargas e de equipamentos utilizados na adulteração, além de reforçar a fiscalização na cadeia de produção.

Autoridades recomendam que os consumidores fiquem atentos a sinais de combustíveis adulterados, como cheiro estranho, má performance do motor, vazamentos ou fumaça excessiva. Para evitar riscos, a orientação é comprar combustíveis em postos confiáveis e verificar certificados de qualidade sempre que possível.

Prevenção e responsabilidade do mercado

Para minimizar os danos e proteger os veículos, fabricantes e revendedores reforçam a necessidade de fiscalização mais rigorosa e maior controle na emissão de combustíveis. Algumas empresas já investem em tecnologias de análise rápida de composição para garantir a conformidade dos produtos comercializados.

Segundo a autoridade de fiscalização, a união entre ações de polícia, órgãos reguladores e consumidores é vital para combater a adulteração de combustíveis e evitar graves prejuízos à saúde e à segurança pública cada vez que o metanol for utilizado ilegalmente.

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