Nesta segunda-feira, o programa Fox & Friends destacou o debate sobre a possibilidade de Donald Trump ordenar o envio de tropas da Guarda Nacional a várias cidades dos EUA, incluindo Nova York. A apresentadora Ainsley Earhardt fez um apelo desesperado ao ex-presidente, solicitando que ele envie militares para “limpar” as ruas da cidade.
Apelo à intervenção em Nova York e contexto político
Durante a transmissão, Earhardt pediu a Trump, que atualmente não ocupa cargo, que envie tropas para Nova York, localizada assim como Baltimore e Chicago na lista de possíveis alvos militares defendidos por ele. A apresentadora afirmou: “Por favor, Donald Trump, envie para Nova York. Limpe essas ruas. Eu dou as boas-vindas.”
A discussão ocorreu em meio a uma controvérsia envolvendo ameaças do ex-presidente de mandar os militares para cidades de maioria democrata, que atualmente têm governos de linha mais progressista. Enquanto isso, a cidade de Nova York registra uma série de estatísticas tranquilizadoras no setor de segurança pública.
Dados oficiais contradizem a narrativa de criminalidade elevada
Dados recentes do NYPD indicam que Nova York teve, nos primeiros sete meses do ano, o menor número de incidentes de tiroteio e vítimas de tiros na história registrada. Segundo informações divulgadas pela polícia, o número de vítimas e incidentes caiu consideravelmente, demonstrando que a cidade está mais segura.
Além disso, registros do Departamento de Justiça dos EUA mostram que, antes da possível intervenção, o crime violento em Washington, D.C., atingiu seu menor nível em 30 anos. Dados de março deste ano apontam para uma redução significativa nos crimes na capital, atribuindo esse sucesso às ações de segurança realizadas pelo governo.
Reações e posições de autoridades
Durante o programa, foi veiculado um vídeo do prefeito de Chicago, Brandon Johnson, que afirmou que o envio de militares à sua cidade seria “custoso, ilegal e inconstitucional”, reforçando a resistência de cidades governadas por democratas à intervenção militar federal. Johnson declarou: “Não vamos render nossa humanidade a esse tirano.”
Especialistas e autoridades independentes destacam que o aumento da presença policial e o uso de tecnologia têm contribuído para a diminuição da criminalidade nas grandes cidades americanas, contrariando a narrativa de crise generalizada. Segundo analistas, a insistência em uma intervenção militar mostra uma tentativa de usar o tema da segurança pública para fins políticos.
Perspectivas futuras e impacto político
Legalistas e especialistas em segurança alertam que a intervenção militar sem respaldo legal pode abrir precedentes perigosos e colocar em risco direitos civis. Por outro lado, aliados de Trump continuam incentivando a postura de mão dura como estratégia para fortalecer sua base eleitoral.
Até o momento, não há sinais de que o governo federal esteja considerando o envio de tropas à Nova York ou a outras cidades. A discussão, porém, reforça o clima de tensão política e as divisões sobre como lidar com a segurança pública nos Estados Unidos.
