Brasil, 28 de agosto de 2025
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Filhos de Bolsonaro tentam frear candidatura antecipada de Tarcísio

Às vésperas do julgamento de Jair Bolsonaro, seus filhos movimentam-se para barrar concorrência com Tarcísio de Freitas nas eleições de 2026.

À medida que se aproxima o julgamento de Jair Bolsonaro, figuras do seu círculo familiar, incluindo Flávio, Eduardo e Carlos Bolsonaro, manifestam inquietação diante da crescente candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Flávio Bolsonaro, que se consolidou como um dos possíveis herdeiros políticos, mostra-se cauteloso quanto à antecipação da disputa presidencial. Recentemente, o senador admitiu que a possibilidade de sucesso para um presidenciável diminui quando há uma corrida tão precoce, lançando uma crítica velada a Tarcísio.

Contexto do cenário político atual

Após as eleições de 2022, o ambiente político em Brasília tem sido marcado por incertezas, principalmente para Jair Bolsonaro, que enfrenta um possível julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Nesse cenário, seus filhos tentam se posicionar, não somente para apoiar o pai, mas também para garantir que uma exploração da presidência não aconteça sem seu entendimento. A hesitação de Bolsonaro em declarar um sucessor abre um espaço para que seus filhos façam movimentos estratégicos.

A movimentação dos filhos de Bolsonaro

Carlos Bolsonaro, por sua vez, criticou seus colegas governadores da direita que pretendem agir com normalidade antes do julgamento iminente do pai. Ele sugere que a candidatura de Eduardo à Presidência poderia ser uma alternativa viável, dado o contexto incerto. Enquanto isso, Eduardo, que se encontra nos Estados Unidos desde fevereiro, acusa outros membros da direita de estarem fazendo “chantagens” ao cogitar substituí-lo nas próximas eleições.

Alianças e rivalidades no PL

Entre as movimentações, estão as articulações internas no PL, onde lideranças acreditam que Flávio está alinhado com a estratégia do pai. A intenção de Bolsonaro é, publicamente, manter a narrativa de que será candidato, mesmo que ameaçado por condenações que o tornariam inelegível. A preocupação em manter seu papel de liderança na oposição a Lula é evidente.

Recentemente, Flávio afirmou que não é prudente tratar seu pai como uma “carta fora do baralho” e deixou claro que a eleição ainda está longe. “Desconheço algum candidato à Presidência que tenha obtido sucesso ao antecipar tanto assim a disputa”, disse o senador, refletindo sobre os riscos de se expor em um cenário político tão conturbado.

A voz do PL e as reações

A fala do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que declarou que o candidato à Presidência em 2026 dependeria de Jair Bolsonaro, gerou reações dentro da família. Aliados de Eduardo afirmam que ele poderia deixar o PL e se candidatar por outro partido, caso Tarcísio aceite o convite de Valdemar. Eduardo argumentou nas redes sociais que essa pressa em indicar um sucessor poderia ser uma estratégia para forçar sua família a decisões precipitadas.

Expectativas e desafios para os Bolsonaros

As movimentações ocorrem em meio à crescente percepção de que Tarcísio pode obter apoio, levando à necessidade de estratégias mais robustas por parte dos Bolsonaros. Embora a expectativa no círculo de Jair Bolsonaro seja em torno de Tarcísio eventualmente conceder um indulto em caso de sua condenação, há também um reconhecimento dos riscos que isso pode trazer na construção de sua própria imagem política.

As tensões aumentam, especialmente com figuras como o pastor Silas Malafaia, que critica Tarcísio e sugere que Jair deveria considerar lançar um descendente familiar como candidato. Essas discussões revelam a complexidade interna e as rivalidades que permeiam a estratégia dos Bolsonaros para assegurar seu espaço na política brasileira, enquanto o futuro de Jair permanece incerto.

Assim, enquanto as movimentações políticas se intensificam, a situação continua a se desenrolar, evidenciando que a disputa pelo poder em 2026 se tornará cada vez mais acirrada.

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