A periferia da vida em família é um tema que permeia as discussões contemporâneas, especialmente no que diz respeito à Fertilização in Vitro (FIV). Neste contexto, o programa “Cultura da Vida”, apresentado por Marlon e Ana Carolina Derosa, professores de Bioética e fundadores do Instituto e Editora Pius, levanta questões cruciais sobre a prática da FIV e seus desdobramentos éticos.
A complexidade da fertilização in vitro
A infertilidade, um desafio crescente para muitos casais, traz à tona o anseio por um filho e as dificuldades enfrentadas por aqueles que não conseguem conceber naturalmente. Apesar do desconforto emocional, a FIV é frequentemente vista como uma solução rápida. No entanto, Marlon e Ana convidam a uma reflexão profunda acerca das implicações morais dessa técnica.
Como expõe o Papa João Paulo II em sua encíclica “Evangelium Vitae”, a FIV é considerada moralmente errada pois distorce a conexão entre o ato de amor do casal e a concepção da vida. Esta separação não apenas levanta questões éticas, mas também resulta em altas taxas de insucesso, com muitos embriões não conseguindo se desenvolver adequadamente.
Os embriões excedentes e a dignidade humana
Outro ponto relevante abordado por Marlon e Ana é a criação de embriões excedentes. Muitas vezes, os procedimentos de FIV geram mais embriões do que são necessários, resultando em descartes ou em sua utilização para pesquisa, desumanizando assim esses seres humanos em potencial que deveriam ser tratados com respeito e dignidade.
A instrução “Donum Vitae” reforça a importância de que cada ser humano deve ser concebido a partir do amor entre os pais e acolhido no útero materno. O congelamento de embriões, conforme apontado, trata a vida em suas primeiras horas como um mero objeto de laboratório, em vez de reconhecê-la como uma nova vida que merece o mesmo amor e acolhimento que qualquer outro ser humano.
A busca por alternativas éticas
É fundamental ressaltar que, embora a FIV possa parecer uma solução, ela não aborda a causa da infertilidade. Muitas vezes, casais que buscam essa solução não são informados de opções éticas e menos invasivas, como a naprotecnologia, que visa compreender e tratar os fatores que causam a infertilidade de forma holística.
Além disso, a adoção é uma opção que pode servir como um lindo ato de amor. A Igreja, destacando-se como um pilar de apoio às famílias, não apenas acolhe aqueles que enfrentam o desafio da infertilidade, mas também promove um espaço de amor e acolhimento para aqueles que optam pela adoção.
O papel da pastoral familiar
Coube aos ambientes pastorais, como sugere Marlon, o papel de proporcionar suporte emocional e espiritual aos casais que lutam contra a infertilidade. O acolhimento e o oferecimento de informações sobre alternativas éticas são essenciais para que esses casais se sintam amparados em sua trajetória.
Assim, a mensagem final do programa “Cultura da Vida” é clara: a vida humana, desde sua concepção, merece respeito, amor e dignidade. Mesmo nos momentos de dor e dificuldade, a família deve ser sempre a guardiã da vida, buscando caminhos que honrem aqueles que desejam constituí-la.
É um apelo à reflexão sobre as escolhas que fazemos e os métodos que utilizamos, reafirmando a importância de que o amor e a dignidade permaneçam no centro das nossas decisões sobre a vida.
A discussão sobre fertilização in vitro e suas implicações morais continua, e é vital que a sociedade esteja aberta ao debate, respeitando cada vez mais a dignidade humana em todas as suas formas.
Obrigado por acompanhar o “Cultura da Vida”. Que possamos continuar explorando juntos questões que tocam o coração e a alma das famílias. Até o próximo episódio!
Para mais informações, acesse Cultura da Vida.