Nos meses iniciais do segundo mandato de Donald Trump, observamos uma rápida perda das garantias democráticas nos Estados Unidos, com ações que ameaçam o Estado de Direito e a liberdade dos cidadãos. É fundamental entender os sinais de alerta para impedir que essa trajetória avance também no Brasil e em outros países.
O padrão de ações autocráticas e os riscos para a democracia brasileira
Assim como líderes autocratas ao redor do mundo, Trump tem utilizado uma retórica de crise para justificar medidas autoritárias, como ataques a instituições, manipulação de eleições e ataques à liberdade de imprensa. Tais estratégias, já observadas em países como Venezuela e Hungria, envolvem a expansão do poder, a normalização de abusos e a dessensibilização da população diante da erosão de direitos.
Segundo estudioso Kim Lane Scheppele, a manobra de líderes autoritários muitas vezes começa por eleições livres, mas eles buscam consolidar o poder e modificar regras eleitorais para evitar perder o mandato. No Brasil, é imprescindível reforçar a transparência e a vigilância de processos eleitorais para evitar manipulações semelhantes.
Medidas que ameaçam instituições e a liberdade de expressão
Durante a administração Trump, houve cortes de financiamento de órgãos públicos, ataques a órgãos de imprensa e suspeitas de manipulação de dados eleitorais. No Brasil, é necessário defender a autonomia de instituições como o Tribunal Superior Eleitoral e fortalecer o jornalismo independente, que são essenciais para uma democracia sólida.
O perigo de manipulação e controle de informações
De acordo com especialistas, ações para controlar ou denunciar informações, como o corte de recursos de mídia pública e processos judiciais contra veículos independentes, representam ameaças diretas à liberdade de expressão. No cenário brasileiro, o combate à desinformação e à censura deve ser prioridade para resguardar a pluralidade de vozes.
Combate ao autoritarismo: ações efetivas
Para prevenir a autocracia, é preciso fortalecer as instituições democráticas, garantir eleições livres e transparentes, e promover a educação política da população. Como ressalta Stacey Abrams, a resistência a ações autoritárias exige planejamento e ação consciente, não apenas esperar que o tempo resolva o problema.
Analistas recomendam a vigilância constante da sociedade civil, a promoção de campanhas de conscientização e a manutenção de um diálogo aberto com o eleitorado. A proteção das liberdades fundamentais depende de uma ação coletiva e sólida, capaz de impedir que os exemplos do exterior se reproduzam também no Brasil.