Brasil, 28 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Atentado em escola católica de Minneapolis reacende debate sobre segurança

Após tiroteio que matou duas crianças, bispos de Minnesota reforçam pedido por financiamento de segurança nas escolas não públicas

Na manhã de 27 de agosto, um atirador abriu fogo durante uma missa na Igreja Católica Annunciation, em Minneapolis, matando duas crianças de 8 e 10 anos e ferindo outras 14 pessoas. O episódio reacende o debate sobre a falta de recursos e proteção para escolas não públicas no estado.

Falta de apoio a escolas não públicas deixa vítimas vulneráveis

Apesar dos apelos feitos há dois anos pelos bispos de Minnesota para que o governo estadual destinasse recursos à segurança de escolas particulares, esses pedidos foram ignorados, mesmo com um superávit histórico de US$ 17,6 bilhões em 2023. Em 2022, a Minnesota Catholic Conference (MCC) solicitou fundos para melhorias de segurança e treinamentos de emergência, semelhante ao que foi disponibilizado para escolas públicas.

“Queremos garantir que todas as escolas tenham os recursos para prevenir e responder a esses ataques”, afirmou Jason Adkins, diretor executivo da MCC, em uma carta ao governador Tim Walz, assinada também pelo presidente de uma organização de escolas independentes. Contudo, as propostas não avançaram na legislatura, deixando as instituições não públicas vulneráveis à violência.

O que foi pedido e por que foi negado

Recursos para melhorias e treinamento

Se aprovadas, as verbas poderiam ter sido usadas para construir entradas seguras ou contratar oficiais de segurança escolar. Desde 2019, quando o estado aprovou uma lei que destinou fundos apenas para escolas públicas, a MCC tenta ampliar esses benefícios às escolas religiosas e particulares.

“A exclusão de escolas não públicas é uma discriminação contra nossos estudantes”, escreveram os bispos em uma carta de 2023, reforçando a necessidade de proteção igualitária.

Respostas governamentais

O governador Walz declarou que “se preocupa profundamente com a segurança dos estudantes” e que já destinou milhões ao setor, embora esses recursos não tenham contemplado escolas religiosas. Sua assessoria ressaltou a intenção de colaborar na luta contra a violência armada, enquanto a representante do Legislativo, a senadora Julia Coleman, afirmou que a tragédia reforça a urgência de priorizar fundos para segurança escolar.

Reações religiosas e políticas após o incidente

O arcebispo de São Paulo e Minneapolis, Bernard Hebda, pediu orações pelos afetados e pediu o fim da violência de armas de fogo. “Nosso community está indignada com atos tão horríveis contra os inocentes”, reforçou, repudiando a persistência de episódios semelhantes.

Para Adkins, a tragédia evidencia a necessidade de ações concretas. “Embora nenhuma medida possa eliminar o mal, é fundamental que nossa comunidade adote passos sensatos e eficazes para proteger nossos jovens”, declarou.

Perspectivas futuras

O debate sobre financiamento de segurança escolar deve ser retomado na legislatura, especialmente enquanto os líderes avaliam os limites das medidas adiadas. A experiência de Minneapolis reforça a urgência de implementar fundos específicos para escolas não públicas, garantindo proteção integral contra a violência armada.

Por ora, a esperança reside em que tragédias como essa sirvam de catalisador para mudanças relevantes na política de segurança educativa em Minnesota e em outros estados.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes