O setor de serviços atingiu o maior contingente de trabalhadores da história brasileira em 2023, com 15,2 milhões de pessoas empregadas, um aumento de 7,1% na comparação com o ano anterior, de acordo com a Pesquisa Anual de Serviços divulgada nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados mais recentes revelam a forte recuperação do setor após os impacto da pandemia de covid-19.
Distribuição da ocupação e principais atividades
Das 34 atividades observadas na pesquisa, cinco responderam por 47% dos postos de trabalho criados. O destaque fica para serviços de alimentação, que empregaram 1,8 milhão de pessoas, representando 11,74% dos empregos do setor. Outras atividades com forte presença foram serviços técnico-profissionais, serviços para edifícios e atividades paisagísticas, serviços de escritórios a apoio administrativo e transporte de cargas.
Salários e remunerações
As empresas do setor de serviços, que somaram 1,7 milhão em 2023, pagaram cerca de R$ 592,5 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações, o que equivale a uma média de 2,3 salários mínimos (s.m.) por trabalhador. Entre os segmentos, os de informação e comunicação tiveram remuneração acima da média, chegando a 4,7 salários mínimos, destacando-se pelo nível de remuneração.
Por unidade da federação, os salários médios mais altos foram pagos em São Paulo (2,8 s.m.), Rio de Janeiro (2,5 s.m.) e Distrito Federal (2,4 s.m.), enquanto os menores valores, de 1,4 salário mínimo, ocorreram em Acre, Roraima e Piauí.
Receita e participação na economia
As empresas do setor tiveram uma receita bruta de R$ 3,4 trilhões em 2023, sendo que São Paulo respondeu por 45% desse total. Houve uma mudança na participação dos segmentos na receita líquida, com o setor de serviços profissionais, administrativos e complementares assumindo a liderança, representando 29,2% do total, enquanto transporte e serviços auxiliares ficaram com 28,1%.
Desempenho Mensal e perspectivas futuras
A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE, aponta que, no primeiro semestre de 2025, o setor cresceu 2,5% em comparação ao mesmo período de 2024, demonstrando continuidade na recuperação.
Para mais detalhes sobre o desempenho do setor, acesse o comunicado do IBGE.