Nesta quarta-feira (27/8), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), passou por um momento de destaque ao se posicionar sobre a situação política com relação às eleições presidenciais de 2026. Durante sua participação no programa Contexto Metrópoles, Zema afirmou que a divisão de candidatos de direita não é um problema em si e apresentou uma nova perspectiva sobre a união entre os candidatos.
Pulverização de Candidatos: Uma Nova Visão?
Historicamente, a ideia de uma candidatura única para o primeiro turno já foi considerada essencial para o fortalecimento da direita no Brasil. No entanto, Zema argumenta que a multiplicidade de opções pode ser benéfica. “Essa pulverização já não é um problema. Antes, prevaleceu a ideia de que o ideal seria caminhar juntos em um primeiro turno. Mas, à medida que fomos amadurecendo as ideias, vimos que é melhor você ter três, quatro, não sei quantos serão, caminhando lado a lado e juntos, unidos, no segundo turno”, argumentou o governador.
A explicação de Zema reflete um amadurecimento em sua visão política, onde acredita que a variedade de candidatos pode levar a um maior debate de ideias e fortalecer a direita perante a população. Além disso, o governador confirmou sua pré-candidatura à Presidência da República, um passo significativo dado o contexto político atual.
Busca de Apoio e Relações Políticas
Neste cenário de candidatura, Zema mencionou sua recente reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília. Ele enfatizou a importância do apoio de Bolsonaro para qualquer candidato que venha a concorrer nas eleições de 2026. “Isso vai depender muito mais dele [Bolsonaro] do que de nós. O apoio dele será importante para qualquer candidato. Agora não sabemos se ele dará esse apoio a algum dos candidatos, e caso sim, a qual”, disse Zema.
“O apoio dele vai ser importante para qualquer candidato. Agora não sabemos se ele dará esse apoio a algum dos candidatos, e caso sim, a qual”, declarou. O governador reafirmou que compartilha a visão de Bolsonaro sobre a distribuição de candidatos. “Ele me disse: ‘governador, quantos mais nomes a direita tiver, mais fortalecido ela estará. Ela ganhará mais votos no primeiro turno e irá para o segundo com uma chance maior ainda de ganhar’”, completou.
Essa afirmação de Zema ilustra um alinhamento estratégico com a visão de Bolsonaro, mas também evidencia a cautela com a qual o governador deseja navegar nas relações políticas, ressaltando sua autonomia e suas escolhas individuais ao longo de sua trajetória.
Distância da Imagem de Bolsonaro
Embora Zema tenha participado de reuniões para fortalecer laços, ele também tomou cuidado ao destacar que sua conexão com Bolsonaro não é tão intensa como se imagina. Em uma entrevista recente ao programa Roda Viva, da TV Cultura, ele respondeu às especulações sobre sua proximidade com o ex-presidente, afirmando que “não é tão grande como alguns alardeiam”. Zema lembrou aos espectadores que, durante sua campanha de 2018, ele caminhou em direções diferentes de Bolsonaro até que, já reeleito, decidiu apoiá-lo no segundo turno de 2022.
Quem é Romeu Zema?
Romeu Zema é um nome conhecido na política brasileira, sendo governador de Minas Gerais desde 2018. Ele conquistou o cargo ao derrotar o candidato Antonio Anastasia (PSDB) no segundo turno, obtendo 71,80% dos votos. Após a gestão de Fernando Pimentel (PT), Zema se destacou por sua abordagem focada em resultados e economia.
Em 2022, ele foi reeleito ao vencer Alexandre Kalil (PSD) com 56,18% dos votos, desta vez apresentando uma chapa “puro sangue” ao lado de Mateus Simões (Novo). Além de sua carreira política, Zema é herdeiro de um dos grandes grupos empresariais de Minas, formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e ativo na gestão de sua empresa desde 1991.
Com as eleições se aproximando, as declarações de Zema revelam um cenário político dinâmico, onde a fragmentação pode, paradoxalmente, levar a um fortalecimento das ideias da direita no Brasil.
O futuro político de Zema e sua estratégia para as eleições de 2026 continuarão a ser assuntos de interesse e debate entre a população e os analistas políticos.