Brasil, 27 de agosto de 2025
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Relator da CPI do INSS garante investigação imparcial

Comissão inicia investigações sobre desvios no INSS com foco em fraudes desde 2015; Alfredo Gaspar lidera os trabalhos com compromisso à transparência.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deu início a seus trabalhos na última terça-feira. Com a definição do plano de trabalho e análise de requerimentos, o relator Alfredo Gaspar (União-AL) foi designado para liderar a comissão, apesar de ter sido escolhido em desacordo com as recomendações do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A escolha de Gaspar, um aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marca seu primeiro mandato no Congresso e ele se descreve como “de direita com muito orgulho”.

CPI do INSS e seu plano de trabalho

Na sessão inaugural como relator, Gaspar enfatizou que seu trabalho não terá um “foco” em ninguém. Durante sua fala, ele afirmou que, apesar de suas convicções partidárias, a CPI não será influenciada por interesses pessoais. “O que nós vamos medir é se nossas preferências políticas e divergências ideológicas irão atrapalhar o que realmente interessa: a busca da verdade diante dos fatos e documentos”, declarou.

Gaspar apresentou um plano de trabalho que abrange investigações de fraudes que remontam a 2015, período que inclui a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff. O documento, apesar dos protestos da base governista, foi aprovado pelo colegiado. Segundo Gaspar, todos os envolvidos no escândalo serão investigados, sem exceções.

Um importante acordo foi estabelecido com a oposição, garantindo que Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula, será resguardado de convocações. A votação de requerimentos ocorrerá em bloco, caso haja convergência entre a base e a oposição.

Polêmica e críticas ao governo

Gaspar é conhecido por suas críticas à administração atual e aos governos passados do Partido dos Trabalhadores. Durante sua trajetória como relator da CPI, ele se comprometeu a manter a investigação focada no povo brasileiro, apesar de seus comentários anteriores em redes sociais atribuindo ao PT a responsabilidade por fraudes no INSS, afirmando que o governo liderado pelo partido desviado “mais de R$ 6 bilhões”.

O deputado também não hesitou em criticar o governo de Lula por outros problemas sociais, como cortes no Bolsa Família, que ressaltou como um reflexo da irresponsabilidade das políticas petistas. Ele posicionou sua crítica, alegando que a gestão petista foi irresponsável e contraditória. “Essa comissão é necessária para investigar o roubo praticado nas contas de aposentados e pensionistas”, afirmou Gaspar.

Histórico profissional e político de Gaspar

Com 55 anos, Alfredo Gaspar tem uma longa carreira no serviço público, tendo atuado como advogado e procurador-geral de Justiça de Alagoas. Formado em direito, Gaspar tem experiência marcada por casos de repercussão como o assassinado da ex-deputada Ceci Cunha em 1998 e uma série de homicídios de moradores de rua em 2010, que chamaram a atenção pela gravidade dos crimes.

Ele foi eleito pela primeira vez deputado federal em 2022, com uma expressiva votação que o colocou entre os mais votados do estado. Antes disso, ele já havia disputado a Prefeitura de Maceió, onde perdeu para o candidato do PSB, JHC.

A atuação de Gaspar na política é marcada por seu compromisso em combater a corrupção e promover a justiça social, mesmo que suas críticas e posicionamentos muitas vezes gerem controvérsias. Sua liderança na CPI do INSS, portanto, promete ser um evento crucial, tanto para a investigação, quanto para os debates políticos no Brasil.

O futuro da CPI e as verdadeiras implicações sobre os desvios no INSS ainda estão por vir, mas com Gaspar à frente, as expectativas estão elevadas.

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