Brasil, 27 de agosto de 2025
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Nvidia frustra expectativas com dados de data centers e ações caem

Balanço trimestral da Nvidia decepciona investidores, e ações caem após projeções modestas, apesar de bons resultados no segundo trimestre

A Nvidia divulgou nesta terça-feira (27) seu balanço trimestral, encerrado em 27 de julho, que revelou um crescimento robusto nas vendas, mas frustrou as expectativas do mercado, provocando uma queda de cerca de 2% nas ações após o fechamento da Bolsa de Nova York. Mesmo apresentando números sólidos, a divulgação das projeções para o próximo trimestre gerou preocupações entre investidores.

Desempenho do segundo trimestre da Nvidia

Nos três meses encerrados em julho, as vendas da Nvidia aumentaram 56%, totalizando US$ 46,74 bilhões, superando ligeiramente as previsões de Wall Street, que estimavam cerca de US$ 46,2 bilhões. O lucro, por sua vez, atingiu US$ 26,42 bilhões, uma alta de mais de 59% em relação ao mesmo período do ano anterior. A unidade de data centers, principal pilar da companhia, registrou vendas de US$ 41,1 bilhões, quase alinhadas às expectativas do mercado.

Impacto das previsões e queda das ações

Apesar do bom desempenho, a Nvidia divulgou uma previsão de receita para o terceiro trimestre fiscal de cerca de US$ 54 bilhões, um valor considerado moderado por analistas, especialmente porque exclui receitas de data centers na China. O resultado ficou abaixo das projeções que ultrapassavam US$ 60 bilhões, o que causando a desvalorização das ações da companhia. Desde o início de abril, as ações da Nvidia já acumulam alta de aproximadamente US$ 2 trilhões em valor de mercado, chegando perto de US$ 4,2 trilhões, a maior marca já atingida por uma empresa americana.

Os números do trimestre

O desempenho do segundo trimestre refletiu um crescimento de 56%, com vendas totais de US$ 46,7 bilhões, um aumento de US$ 16 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro por ação, de US$ 1,05, superou a previsão de US$ 1,01. A divisão de data centers, responsável por uma fatia significativa da receita, teve vendas de US$ 41,1 bilhões, ligeiramente abaixo das estimativas. Já as vendas relacionadas a jogos, que até então eram a principal fonte de renda, somaram US$ 4,29 bilhões, acima das projeções de US$ 3,8 bilhões.

Contexto da guerra tarifária e desafios globais

Além das oscilações do mercado, a Nvidia enfrenta os efeitos das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, que impactam suas operações de chips. Em abril, o governo Trump restringiu as exportações de processadores para data centers destinados ao mercado chinês, excluindo a Nvidia de parte desses negócios. Posteriormente, Washington recuou parcialmente, permitindo alguns embarques em troca de 15% da receita proveniente dessas vendas. A China também tem incentivado a redução do uso de tecnologia americana em sistemas de inteligência artificial utilizados pelo governo, dificultando previsões de receita futura.

Perspectivas para o próximo trimestre

A Nvidia prevê vendas próximas de US$ 54 bilhões para o seu terceiro trimestre fiscal, encerrado em outubro, valor em linha com a média das estimativas de Wall Street, embora alguns analistas esperem números superiores a US$ 60 bilhões. A previsão exclui receitas de data centers na China, o que contribuiu para a insatisfação do mercado. Apesar do otimismo, a desconfiança persiste em torno do potencial de crescimento da companhia diante das atuais tensões geopolíticas.

O CEO Jensen Huang afirmou que a empresa mantém seu foco na expansão dos chips de inteligência artificial, embora reconheça os desafios no cenário internacional. Segundo especialistas, a dúvida sobre as receitas da Nvidia na China e os riscos geopolíticos continuarão a influenciar seu desempenho de mercado nos próximos meses.

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