Brasil, 27 de agosto de 2025
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Eagle Football afirma ter quitado dívida com a SAF do Botafogo

A Eagle Football alega ter pago R$ 152 milhões à SAF do Botafogo e pede a extinção de processo judicial relacionado ao débito.

Na noite desta quarta-feira, a Eagle Football Holdings protocolou uma petição na Justiça do Rio de Janeiro, alegando que já quitou a dívida de R$ 152 milhões cobradas pela Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo. Além disso, solicitou a extinção do processo que foi movido pelo clube em busca do pagamento dos empréstimos. No mesmo documento, a Eagle pediu a revogação da decisão que impediu alterações nas ações da holding na SAF, o que mantém John Textor no comando da operação.

A defesa da Eagle Football

Segundo a petição, o processo de cobrança da dívida instaurado pela SAF é reflexo de uma “confusão contábil” gerada por Textor durante sua gestão. A defesa argumenta que o executivo estaria utilizando essa confusão para pressionar a Eagle Bidco, tentando consolidar seu poder na diretoria do clube. “Ao mover execuções não lastreadas e inseridas em uma confusa contabilidade única, o Sr. Textor procura se servir dos processos para pressionar a Eagle Bidco e, com isso, se encastelar no poder pelo tempo que conseguir”, afirma a petição.

Documentos apresentados pela Eagle

No decorrer do processo, a Eagle também anexou diversos comprovantes de pagamento feitos à SAF do Botafogo, não apenas pela Eagle, mas também pelo Olympique de Lyon. Segundo a holding, os pagamentos foram criados a partir de nove contratos de câmbio firmados com o TRAVELEX BANCO DE CÂMBIO S.A., os quais, segundo a Eagle, seriam suficientes para comprovar que as obrigações foram cumpridas. A holding enfatiza que a própria SAF apresentou documentos similares em sua execução para atestar a transferência de valores ao Olympique Lyonnais.

“Os pagamentos foram efetuados pela Eagle pelo Olympique Lyonnais e, com isso, foi extinta a dívida da Eagle Bidco tal como prevista nos títulos objetos da execução”, afirma a Eagle.

Histórico da dívida e seu impacto

Em julho, a SAF havia ingressado com uma ação contra a Eagle exigindo o pagamento de uma dívida vencida de R$ 152,5 milhões. Essa quantia está relacionada a empréstimos que foram assinados por Textor em 2024, tanto como credor quanto na qualidade de representante da SAF. O pedido não só pedia o pagamento como também solicitava o arresto das ações da Eagle na SAF, uma decisão que foi concedida em primeira instância no dia 31 de julho. Essa medida, na prática, impede mudanças no controle do clube, mantendo Textor à frente da operação.

Situação atual e possíveis repercussões

Nos bastidores, a situação é encarada como uma estratégia de Textor para assegurar sua posição nas negociações para recomprar a SAF da Eagle. Os assessores do executivo acreditam que a perda do cargo poderia levar a Eagle a vender a SAF para outro interessado, minando suas chances de recompra. A dívida cobrada, portanto, serve como uma pressão financeira sobre a holding, que pode estar se sentindo forçada a aceitar um acordo que permita a continuação do seu controle sobre a SAF.

Reflexões finais sobre o conflito

A disputa entre Eagle Football e a administração atual da SAF do Botafogo levanta questões importantes sobre a governança do clube e a sanidade financeira da holding. A falta de clareza nas relações intercompany e a necessidade de resolver essa contabilidade confusa são vitais para o futuro do Botafogo e da operação que envolve a Eagle. Enquanto a justiça não se pronunciar sobre as petições apresentadas, o cenário continua incerto e repleto de desafios.

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