O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou nesta quarta-feira (27), durante a abertura do Congresso e Expo Fenabrave em São Paulo, que a inflação no Brasil está se ajustando lentamente à meta estabelecida pelo órgão. Por causa desse movimento gradual, ele reiterou a decisão de manter as taxas de juros em nível elevado por um período prolongado.
Juros altos e inflação lenta
Segundo Galípolo, a política monetária mais restritiva é necessária para garantir a convergência da inflação à meta. “A gente vem reforçando que essa taxa de juros deve permanecer por um período prolongado, justamente porque estamos num cenário de inflação que converge lentamente para a meta”, afirmou o presidente do BC. A taxa Selic atualmente está em 15% ao ano.
O chefe do Banco Central ressaltou que, apesar do esforço restritivo, as projeções indicam que a inflação continuará acima da meta em 2026 e 2027. Ainda assim, o economista-chefe do Itaú Unibanco, Mário Mesquita, avaliou que o Banco Central começa a ganhar a batalha das expectativas, sinal de que as ações atuais começam a surtir efeito (fonte).
Influência de políticas fiscais e redistribuição de renda
Galípolo destacou que políticas tributárias mais progressivas, bem como programas voltados à redistribuição de renda, elevam a propensão ao consumo e fortalecem o dinamismo da economia brasileira. Ele afirmou que cabe ao Banco Central interpretar e compreender de forma objetiva os efeitos dessas medidas sobre a atividade econômica.
Perspectivas para o crescimento econômico
Apesar do elevado nível de juros, o Brasil mantém um crescimento robusto do Produto Interno Bruto (PIB). Galípolo explicou que a relação entre juros altos e crescimento ainda é um tema de debate, mas acreditam que as ações restritivas sejam essenciais para reduzir a inflação sem prejudicar o ritmo de expansão econômica.
Impactos das medidas e próximos passos
O presidente do BC reforçou que a política de juros elevados deverá perdurar até que haja uma consolidação da convergência inflacionária. Os analistas do mercado financeiro continuam a prever que a inflação voltará às metas entre 2025 e 2026, mesmo com o esforço do banco central.
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