Na semana passada, durante uma edição do CNN NewsNight, Abby Phillip abordou uma discussão interativa que se tornou viral após comentários controversos de Jillian Michaels, ex-treinadora do The Biggest Loser, envolvendo a história da escravidão nos Estados Unidos. A apresentadora buscou esclarecer o debate, destacando a importância de discutir a história de forma objetiva e informada.
Resposta de Abby Phillip às controvérsias sobre a escravidão
Em postagem no Instagram publicada em 20 de agosto, Abby foi direta ao ponto ao comentar a discussão feita por Michaels e outros convidados. Ela afirmou: “O que tentamos fazer neste programa é criar uma plataforma para discussão e debate, refletindo as diferenças reais existentes no país. O que falhou nas câmaras de eco da nossa sociedade”.
Phillip reforçou que, em temas delicados como a escravidão, é fundamental afirmar de maneira clara, que a escravidão foi uma prática absolutamente condenável. “É importante dizer, de forma objetiva, que a escravidão foi mal, foi a maldade, o pecado original da nossa nação”, declarou.
O contexto e o debate na CNN
Durante o programa, Jillian Michaels participou de painel ao lado de estrategistas democratas, analistas e políticos, incluindo Julie Roginsky, Elie Honig, Ritchie Torres, e Scott Jennings. Em um momento, ela tentou minimizar o impacto da escravidão, sugerindo que a culpa não pode ser atribuída apenas a uma raça.
A discussão se intensificou após Michaels afirmar que os museus americanos dedicam pouco espaço para outras narrativas e que as instituições culturais estariam excessivamente focadas na culpa branca, o que gerou reação negativa do público e de comentaristas na internet.
Reação pública e críticas explícitas
Muitos internautas expressaram repúdio às declarações de Jillian, chamando suas afirmações de “disturbing” (perturbadoras) e condenando o que consideraram uma tentativa de minimizar o papel da escravidão na história americana. Uma usuária afirmou: “Se aprender sobre a escravidão te faz sentir mal, parabéns — você é uma pessoa empática e com consciência”.
Outros criticaram a postura de Michaels, associando suas declarações a movimentos racistas e até mesmo a interesses contrários aos direitos LGBTQIA+. “É revoltante que uma mulher lésbica esteja defendendo a escravidão e apoiando o culto de Trump”, comentou uma seguidora na rede social.
O legado do debate e a importância de conhecer a história
Abby Phillip pontuou que seu objetivo foi promover uma discussão equilibrada e realista sobre a história americana, reconhecendo que a escravidão foi um ato abominável e que sua compreensão é essencial para o desenvolvimento de uma sociedade mais consciente e justa. “Aprender a nossa história é a única forma de impedir que narrativas distorcidas sejam propagadas por figuras públicas ou redes sociais”, afirmou.
Ela também fez referência ao recente post de Donald Trump na Truth Social, onde criticou museus por suposta narrativa “woke” (despertada), reforçando a necessidade de uma análise objetiva que não seja manipulada ou retorcida por discursos de ódio ou revisionismo. A postagem de Trump, feita em 19 de agosto, também foi citada por Phillip como um exemplo de como as questões históricas continuam a gerar polarizações.
Perspectivas para o futuro do diálogo sobre a história
Abby finalizou ressaltando que o papel da mídia deve ser facilitar debates que esclareçam a complexidade da história, ao mesmo tempo em que preservem a memória das injustiças passadas. “Devemos nos educar e não permitir que falsas narrativas substituam a verdade, por mais difícil que ela seja de enfrentar”, concluiu.