Brasil, 26 de agosto de 2025
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Vereadora de Lençóis Paulista denuncia violência de gênero em sessão

Isadora Ribeiro, vereadora de Lençóis Paulista, relata episódios de violência de gênero durante sessões da Câmara e pede apoio.

A vereadora Isadora Ribeiro, do Partido Social Democrático (PSD), trouxe à tona um assunto delicado ao relatar supostos episódios de violência de gênero que teria sofrido durante as sessões da Câmara Municipal de Lençóis Paulista, SP. Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, publicado no início de agosto, Isadora faz um apelo por ajuda e expõe as intimidações que vem enfrentando.

Determinados episódios de violência

No vídeo, Isadora cita um incidente ocorrido em 28 de julho, quando ela estava na câmara para uma sessão ordinária. Segundo a parlamentar, o homem identificado como Edilson José Scudelette, que também estava na audiência, a teria intimidado enquanto ela tentava se pronunciar. “Toda vez que eu ia me levantar para usar a tribuna, havia sempre aqueles senhores que ficavam marchando, gargalhando, provocando”, declarou. Apesar da situação, o acusado afirmou que estava apenas exercendo seu direito de acompanhar a sessão.

De acordo com a vereadora, a pressão se intensificou ao ponto de ela se sentir obrigada a deixar o plenário. “Pedi ao presidente da Câmara que retirasse a pessoa, mas ele me respondeu que eu deveria me comportar. Então, me levantei e fui embora do plenário”, relatou Isadora.

Intimidação e represálias

Isadora também mencionou que, após o ocorrido, registrou um boletim de ocorrência na delegacia. Além disso, ela revelou ainda estar enfrentando duas representações na Comissão de Ética da Câmara por suposta quebra de decoro. “Estou com duas representações, inclusive de pessoas do meu próprio campo político”, mencionou, fazendo referência a um clima político tenso que permeia a sua atuação.

A resposta de Edilson Scudelette

Em resposta às alegações, Edilson Scudelette se defendeu afirmando que “a vereadora usa a tribuna para ataques pessoais a opositores, sem apresentar provas de intimidação”. Ele criticou ainda o uso das redes sociais por Isadora para expô-lo publicamente e considerou essa atitude como sendo desrespeitosa e antiética.

Sobre a polêmica frase em que mencionou “não dar 60 socos”, Edilson alegou que foi mal interpretado e que sua declaração referia-se a uma fala anterior da vereadora, que o teria comparado com um criminoso. “Minha fala foi uma resposta ao que ela disse em tribuna”, argumentou.

Impacto na política local

Esse episódio gera reflexões importantes sobre o papel e o tratamento das mulheres na política. A situação não é isolada e reflete um problema mais amplo de violência de gênero que continua a afetar muitas mulheres no Brasil, tanto em esferas pessoais quanto profissionais. A coragem de Isadora em expor sua experiência pode encorajar outras mulheres a denunciarem situações semelhantes, contribuindo para um ambiente mais seguro e respeitoso.

A Câmara dos Vereadores de Lençóis Paulista

Até o fechamento desta reportagem, a Câmara Municipal não havia se manifestado sobre os casos de assédio e as representações contra Isadora Ribeiro. Esse silêncio pode indicar uma falta de comprometimento com a proteção e os direitos das mulheres no âmbito político, o que suscita uma preocupação significativa com a cultura de respeito e igualdade que deveria prevalecer nas instituições públicas.

Conclusão

O incidente envolvendo a vereadora Isadora Ribeiro evidencia não apenas os desafios enfrentados por mulheres na política, mas também a exigência de um ambiente político que respeite a voz de todos os cidadãos, independente de gênero. À medida que a sociedade discute e confronta esses problemas, é crucial que as instituições legislativas e a comunidade se unam para promover um futuro onde a violência de gênero, em qualquer forma, seja inaceitável.

Enquanto isso, a vereadora Isadora Ribeiro continua buscando medidas legais para garantir sua segurança e integridade no exercício de suas funções. Acompanharemos os desdobramentos desse caso para entendermos como ele pode influenciar na consciência coletiva sobre a violência de gênero no Brasil.

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