Brasil, 26 de agosto de 2025
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Vendas do Tesouro Direto atingem recorde em julho, com R$ 7,26 bilhões

As vendas de títulos públicos para pessoas físicas pelo Tesouro Direto em julho bateram recorde, chegando a R$ 7,26 bilhões, impulsionadas pelo aumento na taxa Selic e alta do interesse por títulos de curto prazo

As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet no Brasil alcançaram um recorde no mês de julho, totalizando R$ 7,26 bilhões, segundo dados do Tesouro Nacional divulgados nesta terça-feira (26). O valor representa um crescimento de 25,93% em relação a junho e é 12,89% superior ao mesmo período do ano passado.

Vendas recordes e preferências dos investidores

O resultado de julho supera as vendas anteriores e marca o melhor mês para o Tesouro Direto até então, ficando atrás apenas de março, quando foram vendidos R$ 11,69 bilhões. Os títulos mais procurados foram os vinculados à taxa básica de juros (Selic), cujo peso nas vendas foi de 52,9%. Os títulos atrelados à inflação (IPCA) representaram 24,6%, enquanto os prefixados, cujo juro é fixo no momento da compra, responderam por 10,9%.

Parte do crescimento na procura por títulos vinculados à Selic está relacionada ao aumento da taxa básica, que subiu para 15% ao ano em agosto, justificando a atratividade desses papéis. Além disso, a expectativa de novas altas na Selic mantém o interesse dos investidores nesse tipo de título, que oferecem maior rentabilidade em um cenário de juros elevados.

Demanda por títulos de curto prazo e perfil dos investidores

Os investimentos de curto prazo continuam predominantes, com 39,4% das vendas de títulos com prazo de até cinco anos. Os títulos entre cinco e dez anos representam 40%, enquanto os de mais de dez anos totalizaram 20,5%. Destaca-se também o perfil de investidores, com 253.621 novos participantes entrando na plataforma em julho, elevando o total de investidores ativos para quase 33 milhões.

Notadamente, a maior parte das operações envolveu aplicações de até R$ 5 mil, que correspondem a 79,3% do total de 969.001 vendas. Somente aplicações de até R$ 1 mil representam 54,9%, e o valor médio por operação foi de aproximadamente R$ 7.494,38.

Estoque e captação de recursos

O estoque total de títulos do Tesouro Direto atingiu R$ 185,74 bilhões ao final de julho, crescimento de 2,99% em relação ao mês anterior e de 27,76% na comparação com julho de 2022. Essa expansão ocorreu devido à correção dos títulos pelos juros e ao fato de as vendas superarem os resgates em R$ 3,68 bilhões.

O programa foi criado em 2002 para ampliar o acesso a títulos públicos, permitindo a pessoas físicas adquirir esses ativos via internet com taxas reduzidas nas operações na B3. O Tesouro utiliza essa captação para honrar dívidas e financiar gastos do governo, oferecendo diferentes tipos de títulos de acordo com o perfil de cada investidor.

Para mais detalhes, consulte o balanço do Tesouro Direto de julho de 2025 e o site oficial do Tesouro Direto.

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