Brasil, 26 de agosto de 2025
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Trump ameaça demitir diretora do Fed, e dólar opera em queda

Declarações de Trump sobre a possível demissão da diretora do Fed pressionam o dólar e elevam taxas dos títulos do Tesouro americano

Nesta terça-feira, o dólar operava em queda frente às principais moedas globais, após o anúncio do ex-presidente americano Donald Trump de que pretende demitir a diretora do Federal Reserve, Lisa Cook. A declaração provocou instabilidade no mercado cambial e elevou as taxas dos títulos do Tesouro dos EUA.

Repercussões no mercado e sinalizações de insegurança

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas, caiu 0,16% nesta manhã, refletindo a preocupação dos investidores com a possível interferência do governo na política monetária do país. Segundo dados da manhã, a taxa do título de dez anos subia para 4,3%, contra 4,276% na véspera, sinalizando que o mercado espera maior aversão ao risco.

Controvérsia sobre a demissão de Lisa Cook

Trump anunciou na noite de segunda-feira, através de sua rede social Truth Social, que decidiu demitir Lisa Cook, sob a alegação de fraudes em pedidos de hipoteca. No entanto, o banco central dos EUA é uma entidade independente, e a Constituição americana estabelece que os funcionários do Fed só podem ser demitidos por justa causa.

Reações e possibilidades jurídicas

Horas após o anúncio, Lisa Cook afirmou que não pretende renunciar, indicando que a disputa pode evoluir para uma longa batalha judicial. Ela foi confirmada pelo Senado em 2022 e não possui condenações ou acusações formais. Como a primeira mulher negra a ocupar uma diretoria no Fed, sua saída abriria vaga para uma indicação de Trump. Atualmente, quatro dos sete membros do conselho de política monetária foram nomeados por presidentes republicanos.

Pressões por cortes de juros e impacto na independência do Fed

Trump tem pressionado o Fed a reduzir as taxas de juros, mesmo com a inflação ainda sob pressão. Como a decisão cabe à diretoria colegiada — composta por sete membros, dos quais quatro foram indicados por Trump — uma maior influência do ex-presidente poderia facilitar cortes nas taxas, o que tem gerado apreensão no mercado.

Especialistas avaliam os riscos

De acordo com Carol Kong, estrategista do Commonwealth Bank of Australia em Sydney, a possível demissão de Cook é negativa para o dólar, pois abriria espaço para uma nomeação mais inclinada a riscos de política monetária frouxa, além de desafiar a independência do Fed. “Isso pode levar a mais vendas de dólares, uma vez que o mercado busca maior segurança no ativo”, afirmou Kong.

Perspectivas futuras

A disputa entre Trump e o Fed deve continuar sob os holofotes, influenciando o comportamento do mercado cambial e de títulos nos próximos dias. O mercado aguarda por novas manifestações oficiais e possíveis decisões judiciais que possam definir o rumo da política monetária americana.

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