Brasil, 26 de agosto de 2025
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Relator da CPMI do INSS apresenta plano de trabalho para investigações

Deputado Alfredo Gaspar delineou objetivos e eixos de investigação sobre fraudes no INSS, abrangendo desde 2015.

O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), apresentou nesta terça-feira (26/8) um abrangente plano de trabalho que guiará o rumo dos inquéritos. A proposta inclui a investigação de fraudes que afetam milhões de brasileiros, trazendo à tona um tema sensível e que exige atenção urgente.

A abrangência temporal das investigações

Gaspar sugere que as investigações comecem a partir de 2015, englobando os governos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), do ex-presidente Michel Temer (MDB), do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O relator afirma que essa abordagem temporal está alinhada a princípios constitucionais e processuais fundamentais, como a segurança jurídica e a celeridade.

“A fixação desse recorte temporal responde a princípios constitucionais e processuais fundamentais, tais como a segurança jurídica, a proporcionalidade e a celeridade. Uma investigação sem limite temporal pode gerar incertezas e comprometer a preservação das provas”, explicou Gaspar.

Os eixos de investigação propostos

O relator detalhou seis eixos que orientarão as investigações da CPMI:

  1. Mapeamento do esquema fraudulento e modus operandi: A comissão investigará as metodologias utilizadas nas fraudes, incluindo falsificação de assinaturas e uso indevido de consentimentos para descontos na folha de pagamento.
  2. Identificação e responsabilização dos envolvidos: Após as investigações, a CPMI apontará as infrações penais cometidas, que incluem fraude eletrônica, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
  3. Impacto nas vítimas e no erário: Será realizado um levantamento das vítimas, com uma análise territorial e uma quantificação dos danos, levando em conta a perda de rendimentos essenciais para a sobrevivência.
  4. O caminho do dinheiro: Com apoio da Controladora-Geral da União (CGU), a CPMI busca mapear o desvio de cerca de R$ 6,3 bilhões, empregando tecnologia e métodos de investigação que possam garantir a efetividade das apurações.
  5. Análise de falhas institucionais e mecanismos de controle: O relatório lembrará um dos maiores esquemas de fraudes previdenciárias, ocorrendo em 1991, quando foram desviados R$ 2 bilhões. O objetivo é entender as falhas que impediram a Corte de identificar o problema.
  6. Medidas preventivas e aperfeiçoamento legislativo: A comissão será responsável por estudar propostas legislativas que visem fortalecer a legislação relacionada às fraudes no INSS e garantir a proteção aos cidadãos mais vulneráveis.

Expectativas em relação à investigação

A CPMI é vista como uma oportunidade crucial para a recuperação de recursos e responsabilização de envolvidos em fraudes que afetam a vida de muitos brasileiros. A transparência e a celeridade nas investigações são esperadas, de modo a trazer respostas e justiça para os afetados.

Espera-se que o plano de trabalho da CPMI não apenas identifique os responsáveis, mas também contribua para a criação de um sistema mais seguro e eficiente na gestão dos recursos previdenciários do Brasil. Além disso, o combate à fraudes representa um importante passo em direção à proteção dos direitos dos cidadãos que dependem do INSS para a sua sobrevivência.

Veja a íntegra do plano de trabalho:

Revisão Tecnica Plano Trabalho Cpmi por Carlos Estênio Brasilino

As medidas propostas pela CPMI são uma luz no fim do túnel para milhares de brasileiros prejudicados por fraudes. A sociedade aguarda com ansiedade os desdobramentos das investigações e as ações que poderão ser tomadas para garantir a integridade e transparência no INSS.

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