Brasil, 26 de agosto de 2025
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Patriarca Bartolomeu destaca importância da unidade cristã em meio a guerras

O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu, fala sobre a unidade cristã e a necessidade de paz em entrevista ao Vaticano.

No contexto atual, onde as guerras e conflitos se intensificam, a mensagem de união e paz do Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu, se torna ainda mais pertinente. Durante uma entrevista feita por Andrea Tornielli, aos meios de comunicação do Vaticano, o Patriarca enfatizou a necessidade de os cristãos se unirem para dar voz aos que sofrem, especialmente em momentos de crise, como a guerra na Ucrânia e a tragédia em Gaza.

Um chamado à unidade cristã

“Como cristãos, temos a necessidade de fazer ouvir nossa voz, unidos, assim como fizeram nossos irmãos”, afirmou Bartolomeu. Ele destacou que essa união é fundamental não só para promover a paz, mas também para que haja justiça. “Porque sem justiça não há paz”, acrescentou. O Patriarca estava presente no Meeting de Rimini, onde discutiu a importância do Concílio de Niceia e sua relevância nos dias atuais. Este concílio, segundo ele, foi um marco importante que moldou a história do cristianismo e deve servir de inspiração para a unidade entre as diferentes denominações cristãs.

A atualidade do Concílio de Niceia

Ao discutir o 1700º aniversário do Concílio de Niceia, Bartolomeu lembrou que o evento foi crucial para definir a natureza de Cristo e a crença fundamental na Trindade, que é essencial para a fé cristã. “O Concílio desperta os cristãos das Igrejas do nosso tempo para o fato de que Cristo é verdadeiramente o Logos que se fez carne”, afirmou, ressaltando a importância da verdade proclamada em todas as épocas para a ação da Igreja no presente e no futuro.

A questão da Páscoa

Um dos assuntos abordados foi a celebração da Páscoa. Embora o Concílio de Niceia tenha determinado que a Ressurreição de Cristo devesse ser celebrada no mesmo dia, Bartolomeu reconheceu que as circunstâncias históricas levaram a divisões que persistem até hoje. “Para sermos críveis como cristãos, precisamos celebrar a Ressurreição do Salvador no mesmo dia”, disse. Ele comentou sobre as iniciativas em andamento para promover a unificação das datas de celebração, que esperam contar com o apoio de diversas Igrejas para evitar divisões adicionais.

Diálogo e fraternidade entre os líderes religiosos

Bartolomeu rememorou seu relacionamento com o Papa Francisco, descrevendo-o como um “irmão” que partilhou a mesma paixão pela unidade cristã e pela justiça social. O Patriarca lembrou encontros com Francisco, onde colaboraram em diversas causas, incluindo a paz entre os povos, diálogo inter-religioso e a preservação do meio ambiente. “Cada encontro nosso foi um verdadeiro encontro de irmãos que se amam”, declarou.

Reflexões sobre o novo Papa Leão XIV

Com a recente eleição do Papa Leão XIV, Bartolomeu expressou otimismo em relação ao novo Papa, que, embora tenha um estilo diferente de seu predecessor, também demonstra um forte compromisso em continuar o diálogo ecumênico. O fato de que a primeira viagem internacional de Leão XIV será ao Patriarcado Ecumênico na Turquia, onde juntos vislumbrarão um compromisso renovado com a paz e diálogo, é um sinal positivo para a continuidade das relações entre as duas tradições cristãs.

O clamor por paz em tempos de guerra

A guerra na Ucrânia e os conflitos em Gaza foram temas centrais na entrevista. Bartolomeu classificou a guerra na Ucrânia como uma “guerra fratricida, escândalo para o mundo cristão e sobretudo ortodoxo”. Ele ressaltou que, como cristãos, é nossa obrigação levantar nossas vozes em oração e ação para promover a justiça e a paz. Ele concluiu dizendo que a oração é uma “arma invencível”, um lembrete de que, apesar das dificuldades, a fé e a esperança devem prevalecer.

Conclusão e a missão contínua

O Patriarca Bartolomeu terminou a entrevista reafirmando seu compromisso com a paz e a unidade entre os cristãos e destacou a importância de eventos como o Meeting de Rimini como plataformas valiosas para fomentar a fraternidade entre os povos. Com um coração repleto de esperança, ele se despediu, reafirmando seu retorno a Istambul, onde promete continuar seu trabalho pela paz e pela unidade da Igreja.

Para acessar a entrevista completa e outras informações, visite o site da Vatican News.

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